Taça molhada, taça abençoada! O último encontro da quarta ronda da Taça de Portugal disputou-se este domingo e trouxe muita chuva, emoção até ao final e nova surpresa a registar nesta eliminatória da prova. 35 anos depois, O Elvas - emblema que opera no Campeonato de Portugal - alcançou os oitavos da competição, após eliminar o Varzim (1-2) fora de portas. Fez-se taça.

Os minutos iniciais do encontro foram pautados pelo equilíbrio e pela falta de oportunidades para ambos os conjuntos - muito devido às condições climatéricas que se fizeram sentir no Estádio do Varzim Sport Club. A formação orientada por Vítor Paneira aproveitou uma fase de ascendente no encontro e colocou-se na frente do marcador.

À passagem da meia hora de jogo, Cláudio Araújo aproveitou uma bola solta, na entrada da área contrária, e fuzilou as redes contrárias com um potente remate. Tiro indefensável para o guardião dos visitantes, que dirigiram-se aos balneários em desvantagem no marcador.

Sofrer para vencer

Já no segundo tempo - e decididos em alcançar a fase seguinte da prova -, os cavaleiros tomaram as rédeas da partida e, com algumas ocasiões de perigo, conseguiram atingir a igualdade no marcador. Pedro Cotão - acabado de entrar - percorreu todo o corredor esquerdo e lançou o esférico para o interior da área, onde apareceu Desmond Nketia nas alturas a carimbar o primeiro dos visitantes.

O golo deu alento às aspirações forasteiras e os pupilos de Pedro Hipólito operaram a remontada no marcador aos 71 minutos. No seguimento de um pontapé de canto - batido pela super-sub Cotão -, Rúben Cardoso superiorizou-se à marcação direta e apontou, de cabeça, o golo que colocou O Elvas na liderança do confronto. Explosão de alegria para os adeptos visitantes presentes na Póvoa de Varzim.

Foram cerca de 25 minutos de sufoco até ao apito final, mas os visitantes conseguiram aguentar a vantagem no marcador, graças à solidez defensiva apresentada e à coesão entre os jogadores em campo. Foi preciso saber sofrer para, no final do encontro, poder festejar um feito inédito na prova rainha. Uma noite para mais tarde recordar.