Operação Pretoriano: Pinto da Costa vai ser ouvido

As declarações de Pinto da Costa, válidas na fase de julgamento, serão feitas apenas na presença dos arguidos e dos advogados, no próximo dia 10 de janeiro. Recorde-se que o casal Fernando e Sandra Madureira, bem como os restantes 10 arguidos da Operação Pretoriano, vão a julgamento.

FERNANDO VELUDO / NFACTOS

Pinto da Costa vai ser ouvido no âmbito da Operação Pretoriano a pedido da defesa de Fernando Saul, antigo oficial de ligação aos adeptos do FC Porto.

O antigo presidente dos 'dragões' vai ser ouvido para memória futura no próximo dia 10 de janeiro.

As declarações de Pinto da Costa, válidas na fase de julgamento, serão feitas apenas na presença dos arguidos e dos advogados. Significa isto que a comunicação social não poderá estar presente.

O Jornal de Notícias (JN) avança que foi a defesa de Fernando Saul, ex-funcionário dos 'azuis e brancos', que solicitou a audição do antigo líder portista por considerar que Pinto da Costa "é figura fundamental e central, como toda a anterior direção do FC Porto, que nunca foi ouvida".

"É importante explicar como as coisas funcionavam, quais eram as funções de cada um, o que é que eles viram, porque estiveram lá. Estranhamente, nunca ninguém foi ouvido e, portanto, atendendo ao estado de saúde e à idade, entendemos que é crucial", disse Cristiana Carvalho, advogada de Fernando Saul, citada pelo JN.

Doze arguidos vão a julgamento

O casal Fernando e Sandra Madureira e os restantes 10 arguidos da Operação Pretoriano vão a julgamento. A decisão instrutória do processo foi conhecida no passado dia 5 de dezembro, no Tribunal de Instrução Criminal do Porto.

Durante a leitura da decisão instrutória, a juíza explicou que manteve na íntegra a acusação do Ministério Público porque a prova documental, testemunhal e pericial é forte.

Fernando e Sandra Madureira, Vítor Catão, Hugo Polaco, Vítor Aleixo, Vítor Aleixo (filho), Fernando Saul, Carlos Jamaica, Hugo Fanfas, José Pereira, Fábio Sousa e José Dias vão responder por um total de 31 crimes, a maioria em coautoria.

Fernando Madureira aguarda julgamento em prisão preventiva, já Vítor Catão fica em prisão domiciliária.

O caso foi desencadeado a 31 de janeiro, no âmbito da investigação aos desacatos observados na Assembleia Geral extraordinária do clube, tendo resultado na detenção de 12 pessoas, entre as quais o antigo líder dos Super Dragões, Fernando Madureira. O FC Porto e a SAD gestora do futebol profissional "azul e branco" constituíram-se assistentes da Operação Pretoriano.