O selecionador Paulo Pereira ficou muito satisfeito com o triunfo de Portugal frente à Noruega, sendo pragmático em relação ao que a sua equipa fez de bem e naquilo que pode melhorar. “Há sempre certas coisas em que se pode fazer melhor, mas entrámos a jogar defensivamente de uma forma extraordinária, com o guarda-redes Gustavo Capdeville a jogar. Parámos movimentos da Noruega que são demolidores, com a sua primeira linha. E com boa recuperação defensiva parámos também o contra-ataque, pois a Noruega é das melhores seleções na transição, não conseguimos parar todas porque isso é impossível”, referiu.

A ganhar ao intervalo, Portugal manteve a cabeça fria e adotou uma tática que confundiu a Noruega. Paulo Pereira explicou o que se passou. “Uma das chaves foi a utilização prevista dos dois canhotos [Kiko Costa e João Gomes], eventualmente com a presença de Salvador Salvador ou Martim Costa. O Salvador já não saiu porque fez outra vez um jogo fantástico. João Gomes também. Vêm de rotinas que têm no Sporting. Jogámos com o pivô longe, com passes que individualizassem defensores para atacar no um contra um, da direita para a esquerda, e ainda houve mais algumas ideias como chave para dar a volta ao jogo. Demos a volta quando estávamos a perder por 3, já depois do time out. Defensivamente vi alguns atletas a fazerem coisas que nunca tinha visto. Acontece quando a vontade de ganhar é enorme, algo que nos ultrapassa. Estou muito feliz e orgulhoso, agora é continuar jogo a jogo [Portugal defronta quarta-feira o 1º do Grupo F] e continuar a apontar o objetivo dos quartos de final”, explicou Pereira.

O guarda-redes Gustavo Capdeville contou as sensações: “Esta vitória foi muito boa psicologicamente, é mais uma chance para chegar aos ‘quartos’, um sonho.” Quanto ao jogo: “ Entrámos bem, algo que não tem acontecido. Na segunda parte, não foi tão bom, a Noruega ganhou vantagem, só nos perdemos aí, mas depois fomos muito coesos, defendemos bem, ajudaram-me muito. No ataque, tivémos eficiencia alta.”

O pivô Luís Frade também brilhou: “Podemos estar orgulhosos do nosso trabalho. Temos grande qualidade individual e o grupo tem alma e carisma.”

Já Pedro Portela chegou a marca histórica: “Não podemos estar mais felizes por avançar com 4 pontos e por atingir a boa marca pessoal dos 500 golos pela seleção A”.