O Rio Ave recebeu e venceu o São João de Ver, da Liga 3, por 2-1, alcançando o apuramento para as meias-finais da Taça de Portugal, mas começou a perder e o golo da reviravolta só surgiu no último lance do encontro, graças a Clayton, que bisou e que já tinha marcado ao FC Porto.
Petit fez a análise do encontro e fez questão de parabenizar o adversário, que chegou pela primeira vez na sua história a esta fase da competição, explicando ainda que esse empate a duas bolas na estreia de Martín Anselmi na Liga foi desgastante para a sua equipa.
«Em primeiro lugar, dar os parabéns ao São João de Ver, pelo que fez neste trajeto na Taça de Portugal. Sabíamos que ia ser um jogo difícil, tive a oportunidade de ver o jogo com o Varzim, sabíamos que tinha qualidade, com bons jogadores e que nos ia criar dificuldades... e foi isso que se viu no jogo. Dois dias que tivemos para preparar este jogo, foi um jogo muito desgastante que tivemos aqui com o FC Porto, em termos físicos e emocionais. Hoje tivemos alguma quebra, não tirando mérito do adversário, que ainda fez o golo e obrigou-nos a ir atrás do resultado. Foi o acreditar, a crença, não muito bem jogado da nossa parte, mas o mais importante foi passar às meias-finais», começou por dizer, em entrevista rápida à Sport TV, afirmando que foi cumprido um objetivo na temporada.
«É a mentalidade deste que cheguei aqui, que incuti nos jogadores, a mentalidade ganhadora, seja em que competição for. Este era um objetivo nosso, querer chegar o mais longe possível, porque nada é impossível na vida e nós é que temos de trabalhar para que isso aconteça. Conseguimos esse objetivo, que foi passar, sabendo que foi um jogo difícil contra uma equipa que deu luta e que esteve muito bem nesta Taça de Portugal. Dedicar a vitória aos nossos jogadores, pelo que aquilo que fizeram, e aos nossos adeptos, por aquilo que nos ajudaram também», explicou, falando sobre o bis do avançado brasileiro.
«Clayton está num bom momento, é continuar a trabalhar e a fazer aquilo que ele faz bem. Hoje foi uma dupla diferente [de centrais], o Petrasso tem uma lesão mais grave, o Medina e Aguilera que também estão lesionados, e alguns jogadores com alguma fadiga do último jogo, mas nós treinadores não nos podemos queixar temos é que arranjar soluções. É para isso que é o nosso trabalho e estou contente pelo que têm feito desde a nossa chegada, tanto em casa ou fora de casa. A equipa tem sido mais equilibrada, tirando o jogo com o Sporting, em que perdemos por 0-3. Esta equipa tem crescido muito, com muitas nacionalidades, culturas e idiomas diferentes, às vezes não é fácil para nós, mas é saber o que se quer dentro de campo e a equipa tem evoluído», explicou, não tendo preferência relativamente ao próximo adversário, Gil Vicente ou Sporting.
«Não, temos é de descansar, porque temos já outro jogo na segunda-feira com o Arouca. Não há tempo, ainda bem, gostava de jogar sempre de três em três dias, era sinal que estavamos em competições. Por isso temos é de recuperar estes jogadores, tanto em termos físicos e em termos mentais, e ir a Arouca buscar três pontos. É esse o objetivo e a mentalidade que incutimos neles», finalizou.