A pugilista argelina Imane Khelif garantiu já uma medalha nos Jogos Olímpicos de Paris, ao apurar-se para as meias-finais da categoria de -66 kg, numa modalidade que atribui dois bronzes.

Khelif derrotou a húngara Anna Luca Hamori por pontos, numa decisão por unanimidade, e agora, na terça-feira, vai discutir com Janjaem Suwannapheng o acesso à final, depois da tailandesa, vice-campeã mundial, ter afastado a campeã olímpica, a turca Busenaz Surmeneli.

Recorde-se que a argelina está no centro de acesa controvérsia. O Comité Olímpico Internacional (COI) tem defendido a sua participação, ante um coro de vozes que entendem que não deveria estar a competir entre mulheres.

Thomas Bach assegura que o COI está "pronto para ouvir" e disponível para "investigar" sobre o tema, contudo garante que o organismo "não vai participar numa guerra cultural por vezes motivada politicamente".

Independentemente de todo o escrutínio e polémicas, na arena de Paris Norte, tanto Khelif quanto Lin, que agora vai defrontar a búlgara Svetlana Staneva rumo às meias-finais, só têm recebido aplausos pelos seus desempenhos.

"O que está a acontecer neste contexto nas redes sociais, com todo este discurso de ódio, com toda esta agressão e abuso, e alimentado por esta agenda, é totalmente inaceitável", completou Thomas Bach.

Com LUSA