Noite mágica do Milan de Paulo Fonseca no Santiago Bernabéu. Frente a um Real Madrid sem chama e sem ideias, o primeiro erro deu golo de Thiaw. Vinicius ainda empatou, mas a partir daí foi irresistível a equipa visitante. Rafael Leão rompia pela esquerda, mas foi no coração da área que o internacional português encontrou espaço para rematar forte e na recarga Morata marcar o segundo. A partir daí, um grande Milan, que numa altura em que mais sofria chegou ao terceiro, novamente com o número 10 a galgar metros atrás de metros e a oferecer a Reijnders a garantia de vitória.
Se o Milan tem sido muito irregular esta temporada, no Santiago Bernabéu viu-se a melhor versão da equipa de Paulo Fonseca. Com Rafael Leão de regresso ao onze a jogar pela esquerda do ataque, o primeiro golo surgiu logo aos 12 minutos, com Thiaw e rematar de cabeça sem grande oposição.
Mesmo em vantagem, continuou o Milan a discutir o jogo, olhos no0s olhos com o Real Madrid, mas num lance isolado chegou o empate. Emerson Royal teve abordagem perigosa e num lance duvidoso o árbitro assinalou penálti, transformado com sucesso por Vinícius Júnior.
Poderia ser o momento de o Real Madrid tranquilizar, ganhar alguma agressividade e partir em busca da vantagem. Mas não, o Milan continuou a gerir o jogo como bem queria, não se deixou sufocar e foi conseguindo colocar a bola em zonas de finalização.
Até que Rafael Leão recebeu a bola no coração da área, rodou sobre si e rematou forte para defesa incompleta de Lunin, Atento estava Morata, que gelou o Santiago Bernabéu ao marcar o golo que voltava a dar vantagem à equipa de Paulo Fonseca.
Sentindo que a equipa estava muito macia no meio-campo, Carlo Ancelotti lançou no jogo Brahim Diaz e Camavinga, mas o Milan tinha a lição bem estudada e continuava a travar as saídas do Real Madrid, nunca deixando de em transições rápidas levar o perigo à baliza do campeão europeu.
E num dos lances mais espetaculares de todo o jogo, Rafael Leão tem remate violentíssimo de cabeça e mais incrível ainda é a resposta de Lunin, que evita o golo com uma intervenção impressionante.
Continuava o Real Madrid sem chama, sem ideias e sem capacidade para criar perigo e Carlo Ancelotti teve de voltar a ir ao banco para procurar uma solução para o que parecia cada vez mais difícil, lançando Ceballos para o lugar de Modric. Mais frescura no centro, mais problemas para o Milan.
Viveu-se depois o momento de maior sofrimento para o Milan, que pela primeira vez se via obrigado a baixar as suas linhas e começava a ter mais dificuldades em conseguir sair em contra-ataque. A solução foi muitas vezes procurar a velocidade e força física de Rafael Leão, mas o português estava por essa altura bem vigiado.
Mas Paulo Fonseca sentia o perigo e procurou dar frescura à equipa. Tirando Pulisic e Morata para lançar Tammy Abraham e Loftus-Cheek. E que melhor forma de sair de uma situação difícil do que marcar o terceiro golo. E com a solução que o Milan ia procurando. Rafael Leão conseguiu finalmente subir, suportar uma ou duas cargas e assistir para Reijnders marcar o terceiro. Éder Militão nem cria acreditar.
Golpe demasiado profundo num Real Madrid perdido, sem reação. Só com a entrada de Rodrygo o Real, até então muito apático, ganhou alguma vida. Rudiger ainda marcou, mas o golo foi anulado por fora de jogo. Paulo Fonseca respirava de alívio.
Até ao fim foi só resistir e não cometer erros para conquistar uma vitória tão inesperada como saborosa. E pensar na contestação que Paulo Fonseca foi sofrendo antes deste encontro…