Foi baixa de vulto no dérbi de ontem frente ao Vitória de Guimarães (0-0), mas já olha para o regresso aos relvados. Falamos de Fran Navarro, cuja ausência da ficha de jogo surpreendeu, mas cujo problema físico, sabe A BOLA, não inspira cuidados de maior.

O ponta de lança espanhol não foi opção para Carlos Carvalhal devido a um ligeiro desconforto muscular, sendo que, perante esse cenário, o técnico decidiu não arriscar a sua utilização no duelo com os vitorianos.

Agora, e ainda de acordo com os dados apurados pelo nosso jornal, Fran Navarro irá reintegrar os trabalhos com o restante plantel, tendo no horizonte o jogo da próxima sexta-feira, frente ao Nacional. Ainda que o microciclo semanal seja mais curto, por via dos poucos dias que distam de uma jornada para outra, a verdade é que o camisola 39 tem reais possibilidades de voltar à competição diante do emblema insular e constituir-se, assim, como mais uma opção de ataque para os arsenalistas.

Contratado no mercado de transferências de janeiro, Fran Navarro – que chegou por empréstimo do FC Porto, mas os guerreiros do Minho têm possibilidade de o contratar em definitivo acionando, para isso, uma cláusula de opção de compra de 3 milhões de euros – rapidamente se impôs no onze bracarense, somando, até ao momento e em todas as competições, sete jogos (todos como titular), três golos e uma assistência.

Caso se confirme a sua aptidão para o duelo com a formação madeirense, Navarro poderá voltar a ganhar o lugar a El Ouazzani. Mas não se pense que Carvalhal não dorme descansado. Afinal, o marroquino voltou a (cor)responder à chamada e esteve em bom plano no dérbi minhoto. É certo que não marcou (e poucas oportunidades claras teve para tal), mas também não é menos verdade que o número 9 realizou uma exibição esforçada e de enorme abnegação.

Dado tratar-se de um duelo intenso, ainda para mais em casa do adversário, o SC Braga não teve tanto domínio como é normal noutras partidas, mas sempre que a equipa precisava, lá estava El Ouazzani a jogar de costas para a baliza, em apoios frontais, e também a tentar fugir às marcações contrárias para dar linhas de passe através da profundidade.

Sandro Vidigal é (um) futuro

E porque o azar de uns pode ser a sorte de outros, a ausência de Fran Navarro do jogo com o Vitória de Guimarães levou, não só, a que Carlos Carvalhal chamasse El Ouazzani ao onze inicial, como também à procura de uma alternativa de ataque para o banco de suplentes.

A escolha recaiu em Sandro Vidigal, avançado de apenas 17 anos que, como A BOLA dera conta em primeira mão na semana passada, já começava a treinar de quando em vez com o plantel principal.

No final da partida, o técnico bracarense explicou os motivos da chamada do jovem, que tem sido um dos destaques dos sub-19 dos arsenalistas (14 jogos, 12 golos e uma assistência). «Chamámos um miúdo de 17 anos que tem vindo a treinar connosco, o Sandro [Vidigal], que era a alternativa que tínhamos [no banco] para jogar ali na frente. Mas eu não vou lamentar quem não esteve, tenho de valorizar quem esteve. O Amine [El Ouazzani] fez um grande trabalho, a equipa coletivamente também, com uma atitude competitiva forte e isso para nós é ponto de honra», salientou Carvalhal, em declarações prestadas na zona de entrevistas rápidas da Sport TV.

Sandro Vidigal vai continuar a ser preparado para o futuro. E a estreia oficial na elite bracarense estará… ao virar da esquina. Porque a qualidade não tem idade.