
Primeiro foi o Zenit – o negócio esteve muito perto de ficar fechado -, depois o Spartak. Os dois emblemas russos lançaram investidas pela contratação de Rodrigo Zalazar durante a última janela de transferências, mas a verdade é que… nem para São Petersburgo, nem para Moscovo. O internacional uruguaio ficou em Braga e Carvalhal agradece(u).
Durante este período, o médio esteve também a contas com uma lesão, algo que acabou por retardar o seu regresso à competição, mesmo depois de confirmada a sua permanência nos minhotos. Debelado o problema físico, Zalazar voltou aos relvados e tem-se revelado um verdadeiro… reforço.
O tempo de inatividade do sul-americano foi de quase dois meses – tinha jogado pela última vez a 23 de janeiro, diante do Union St. Gilloise, para a UEFA Europa League, e voltou a fazer o que mais gosta a 15 de março -, mas os sinais de retoma são tão evidentes que prometem uma ponta final de época ao nível que o criativo tem habituado os adeptos bracarenses.
Já depois de ter sido titular no triunfo alcançado pelo SC Braga no reduto do Farense (1-0), Zalazar constou também das opções iniciais de Carlos Carvalhal na receção ao Arouca e a sua prestação voltou a deixar água na boca. Jogando entrelinhas, com um duplo pivô nas suas costas – João Moutinho e Uros Racic -, o uruguaio deu asas à criatividade e coordenou todo o jogo ofensivo dos arsenalistas.
É certo que ainda não voltou a ter participação direta nos golos (a marcar ou a assistir), mas também não é menos verdade que ainda vai (muito) a tempo de conseguir atingir registos épicos. Depois dos oito tentos apontados e dos 10 passes certeiros que registou na temporada passada, Rodrigo Zalazar leva seis golos e sete assistências na presente campanha (em todas as competições), pelo que na ponta final da época ainda poderá superar os seus próprios registos e terminar 2024/2025 com as melhores marcas da carreira.
Depois da saída de Bruma para o Benfica e da lesão de Roger Fernandes (que voltará à competição dentro de pouco tempo), o SC Braga conta bastante com os contributos de Rodrigo Zalazar e de Ricardo Horta, dois virtuosos que de um momento para o outro decidem jogos. E no caso do internacional pelo Uruguai, Carvalhal poderá até conseguir extrair o melhor do camisola 16, tal como, de resto, fez recentemente com Bruma. Porque antes de rumar às águias, o internacional português também já tinha batido recordes pessoais em Braga (31 jogos, 13 golos e oito assistências).