
O antigo campeão do mundo (2019) saltou para a liderança logo na primeira das 10 especiais previstas para hoje, na zona centro do país, terminando o dia com o tempo de 1:41.26,2 horas, com sete segundos de vantagem sobre o francês Sébastien Ogier (Toyota Yaris), e 27,1 sobre o japonês Takamoto Katsuta (Toyota Yaris), que é terceiro.
Tänak venceu quatro dos 10 troços disputados (Mortágua 1, Lousã 1, Mortágua 2 e Sever/Albergaria), chegando às 400 vitórias em especiais na sua carreira no campeonato do mundo.
"É um bom número. Se tivesse esse número de títulos era melhor. Mas 400 vitórias é um bom número", começou por dizer o piloto estónio, no final do último troço. O estónio é o 16.º com mais vitórias, numa tabela liderada pelo francês Sébastien Loeb (939). Sébastien Ogier tem 753.
Tänak chegou a ter a liderança suspensa por 0,2 segundos, no final do último troço da manhã, em Arganil, com o francês Adrien Fourmaux (Hyundai i20) a pressionar o seu companheiro de equipa ao vencer as primeiras passagens por Lousã e Góis.
Contudo, o piloto gaulês deu um toque numa pedra na oitava classificativa, na segunda passagem por Arganil, e partiu a transmissão do seu Hyundai, sendo obrigado a desistir.
Tänak passou a ser pressionado por Ogier, que ainda venceu na segunda passagem pela Lousã e na estreia de Águeda/Sever.
Mas o ataque final do piloto da Hyundai permitiu que a vantagem passasse de 5,8 para os sete segundos certos.
"Tem sido bom. Nesta última apanhámos a especial limpa, foi bom. Tivemos um problema com a água nos olhos e por isso foi mais exigente", terminou o estónio.
O finlandês Kalle Rovanperä (Toyota Yaris), que perdeu algum tempo por ser o segundo na pista e apanhar as trajetórias ainda com gravilha, fechou o dia a 28,3 segundos, com o belga Thierry Neuville (Hyundai i20), campeão em título, a terminar na quinta posição, a 32,7.
O campeão do ano passado começou o dia com um pião que lhe custou mais de 10 segundos e nunca se encontrou ao longo do dia.
A partir daí, as diferenças já começam a ser contabilizadas em minutos, com o britânico Elfyn Evans (Toyota Yaris) a ser muito penalizado por ter tido de abrir a pista ao longo do dia mais longo da prova, por ser o líder do campeonato.
Sábado será um filme diferente, pois a ordem de partida será inversa à classificação atual do rali.
O português Diogo Salvi (Ford Puma) conseguiu terminar o dia apesar de se estar a estrear aos comandos de um carro da categoria principal, a Rally 1 e de ainda ter sofrido um furo que lhe destruiu o pneu dianteiro esquerdo.
Contudo, está afundado na classificação, a quase 11 minutos do comandante.
Sábado disputa-se a segunda etapa da prova lusa, com 122,92 quilómetros cronometrados, divididos por sete troços, incluindo a superespecial de Lousada que fecha o dia.
AGYR/JPYG // AJO
Lusa/Fim