A seleção nacional feminina continuou esta segunda-feira, o estágio de preparação na Cidade do Futebol, tendo em vista o embate frente à Chéquia. O confronto está marcado para o próximo dia 29 de novembro, no Estádio do Dragão, e é a contar para a primeira mão do play-off de acesso ao EURO 2025.

Tatiana Pinto, jogadora do Atlético de Madrid, foi a porta-voz do grupo e falou à comunicação social, referindo que vai ser um jogo perigoso e é preciso «seguir o plano de jogo para tornar as coisas muito mais fáceis» para a seleção das quinas.

Tatiana Pinto em discurso direto

Expetativas: «É uma equipa perigosa que muito recentemente ganhou contra a Espanha, e isso indica que é uma seleção com muita qualidade e competência. Tem jogadoras experientes e mais novas e isso é uma mistura interessante, assim como na nossa seleção isso acontece. Também tem jogadoras que estão habituadas ao contexto internacional e jogam Liga dos Campeões, portanto são uma equipa agressiva e eu acho que esses jogos são perigosos e temos de estar a 100 por cento para conseguir um resultado positivo e a nosso favor.»

Histórico com a Chéquia: «Eu acho que o nosso pior adversário somos nos próprias, se não estivermos no nosso melhor vamos sofrer, mas se nós como equipa estivermos todas em sintonia, focadas e mentalmente preparadas mentalmente e fisicamente, e a seguir o plano de jogo podemos tornar as coisas muito mais fáceis. É isso que tem acontecido e por isso é que as coisas nos têm corrido bem, porque temos todas as jogadoras a pensar de igual modo ao mesmo tempo. Não é fácil, mas é uma grande vantagem e pode ser por aí que na sexta-feira teremos todo o sucesso.»

Momento mais marcante: «Esta seleção tem nos habituado a grandes feitos, somos umas privilegiadas em nos podermos sentar aqui e falar das coisas grandes e bonitas que já fizemos. Aquele jogo contra os Camarões, na Nova Zelândia, teve um sabor diferente. Já estivemos num Europeu, mas num Campeonato do Mundo foi a primeira vez. Foi dizer ao mundo 'Portugal está aqui e contem connosco'. Poderia falar desse momento, foi incrível.»

Play-off: «O dia a dia é trabalharmos e focarmos naquilo que nós controlamos e naquilo que nos é pedido, e cumprir o plano do treinador. Se o fizermos vamos estar mais próximas de marcar golo, de estarmos mais próximas da baliza adversária, recuperarmos mais bolas no meio campo adversário, o que nos permite chegar à baliza contrária mais compactas e mais juntas e a querer fazer golo.»

Prioridades: «Não nos focamos em recordes, eles acabam por ser a consequência daquilo que fazemos no dia a dia. Aquilo que temos vindo a fazer é dar o nosso melhor por Portugal e os recordes que temos batido são um resultado da qualidade, de todo o investimento da Federação e dos clubes, e de todas as pessoas que estão envolvidas no futebol feminino, isso sim dá valor.»

Melhor Tatiana: «Sinto me super bem e feliz no contexto onde estou de clube, também me sinto muito bem aqui, temos um grupo espetacular, toda a gente percebe isso, conhecemo-nos há bastante tempo, já temos as nossas ligações, conhecemos ao detalhe, temos colegas em que conseguimos jogar quase de olhos fechados. Se eu estiver bem no clube e na seleção podemos fazer coisas boas em grupo. Pratico um desporto coletivo, sem as minhas colegas não faço grande coisa, de mim podem esperar o máximo, em qualquer treino ou qualquer jogo, vão esperar de mim sempre a melhor versão.»

Público no Estádio do Dragão: «Não sei como está a nível de números, vou um bocadinho às cegas, mas quero deixar o convite a todas as pessoas que nos queiram ir ver ao Dragão. Pode ser um dia histórico mais uma vez, um dia bonito para o futebol feminino português e vamos tentar normalizar a coisa e que aconteça cada vez mais.»