Sonia Bompastor, treinadora do Chelsea, revelou na sua autobiografia Uma Vida de Futebol que vive uma relação secreta há mais de uma década com Camille Abily, sua antiga companheira de equipa no Lyon e treinadora-adjunta.
A luso-francesa de 44 anos, que no verão substituiu Emma Hayes em Cobham gerando enorme expectativa, dada a enorme experiência na Liga dos Campeões ao serviço do Lyon, admitiu numa entrevista ao L'Équipe, antes do lançamento do livro, as dificuldades que enfrentou para manter em segredo a vida pessoal com Camille Abily e os quatro filhos, com idades entre os três e os nove anos.
«Revelar a minha vida em conjunto com a Camille, o nosso casal, depois — como digo no livro — destes treze anos de mentiras, ainda hoje é um assunto com o qual não nos sentimos totalmente à vontade. Somos bastante discretas e gostamos de ter uma vida completamente normal», afirmou ao jornal francês.
«Finalmente, percebemos que ter mentido durante 13 anos é um segredo difícil de manter. Em retrospetiva e com as nossas diferentes experiências, dissemos a nós próprias que deveríamos ter revelado desde o início», acrescentou a antiga internacional francesa, que partilhou a seleção com Abily — Bompastor somou 156 presenças, a mulher 170.
Camille Abily também falou da relação discreta: «Na altura já éramos jogadoras conhecidas. Já éramos associadas a muitas coisas. Não são temas que goste necessariamente de discutir. Penso que já é uma auto-aceitação. Todos à nossa volta, os nossos filhos, sabem, não há problema algum. Mas não serei a primeira a contar a alguém que não sabe. E, ainda assim, tivemos muita sorte, correu muito bem.»
Na vertente laboral, os limites estão definidos, garante Sonia Bompastor: «A Camille não é minha mulher no trabalho. É a minha dupla, a minha colega. Conhecemo-nos muito bem, complementamo-nos muito bem em termos de qualidades e, como resultado disso, somos muito eficazes no que fazemos.»