
Em entrevista à Sporting TV, Francisco Trincão analisou a temporada no Sporting e, à margem da fasquia de 150 partidas de leão ao peito, alcançada na recente goleada (5-0) contra o Boavista, analisou vários temas em torno da carreira e na trajetória no emblema de Alvalade.
[Marca dos 150 jogos]
"Muito orgulho, muita correria, muita coisa, mas é um orgulho acima de tudo. Tinha este objetivo, mas não tão rápido. Acabou por ser um bocado mais rápido do que eu esperava, mas é bom sinal, porque mostra que jogo o maior número de jogos possível. Portanto, estou feliz."
[Atingir marca num mini Alvalade]
"Ainda para mais, por ter sido alcançada num estádio cheio. Foi uma boa vitória, a maior de sempre no Estádio do Bessa. Não marquei, mas assisti. Gosto bastante de assistir também. Acabou por ser bastante bom."
[Melhor época a assistir]
"Tem sido boa, porque também tenho grandes jogadores ao meu lado. Acabo por assistir os meus colegas... o Viktor [Gyökeres], o Conrad [Harder] quando entra, todo a gente. Acaba por ser fácil. Acredito que posso fazer ainda mais e melhor. Mas acabo por me valorizar porque a equipa ajuda a valorizar."
[Segredo para a boa forma]
"Acaba por ser um bocado também de sorte. Isso dá muito trabalho e é preciso trabalhar bem, descansa bem, fazer muito ginásio... essas coisas todas. Tentar preparar e conhecer o meu corpo. Tenho 25 anos, também o sei gerir da melhor forma possível."
[Primeiras impressões no clube]
"Desde miúdo sempre soube da grandeza do clube. Mesmo quando defrontava o Sporting, já sabia sempre que era um adversário difícil e de uma grandeza que já conhecia. O meu pai passou-me isso. E, sendo campeão e vivendo tudo aquilo que vivemos no Marquês [de Pombal] naquele dia e tudo mais, percebes a grandeza."
[Primeiro jogo em Alvalade]
"Ainda hoje é igual. Acaba sempre por ser bom ver o estádio gritar o meu nome quando marco, quando entro em campo, quando dizem a equipa. A sensação não mudou desde a primeira vez até hoje. Acaba por ser uma sensação incrível perceber que o estádio gosta de dizer o meu nome e cantar o meu nome. Vai ser sempre a mesma."
[Estreia oficial pelo Sporting]
"Foi um bocado complicado ser logo assim o primeiro. Não estava à esperava. Tive sempre muito apoio. Não ganhámos o jogo, mas acontece. É sempre especial, foi contra o Sp. Braga [empate por 3-3], um clube que é muito especial para mim."
[O primeiro golo no Sporting]
"Foi especial [contra o Eintracht Frankfurt fora]. Ainda mais porque foi do lado dos adeptos, acabei por poder festejar com eles. Guardo esse momento para sempre."
[Melhor golo no Sporting]
"Talvez há de ser contra o Nacional. Aqui a falar da questão técnica, gostei do movimento em si, mas esse golo tem simbolismo por ter sido o empate e acabou por ser um ponto importante. Estava a falar mais da técnica."
[Como é jogar com Gyökeres no ataque]
"Essa pergunta é fácil. Só meter a bola na frente e o Viktor aparece."
[União do grupo]
"O míster falou isso no 'meeting', que nunca viu algo assim. E sempre disse que este balneário é incrível. Dou-me com toda a gente e isso ajuda na altura em que temos de fazer sacrifícios uns pelos outros."
[Jogador mais divertido]
"Pote. Agora o Pote voltou e já sentia saudades. Está sempre a gozar com o Nuno [Santos]. O Nuno também gosta de gozar, mas tem de ser o Pote. O Pote está sempre a gozar com tudo."
[Onda verde a apoiar a equipa]
"Isso representa a união dos adeptos com a equipa. Porque penso que cada vez cantam com mais emoção e fazem-no também para sentirmos o apoio na equipa. Sente-se que a equipa, treinador e toda a gente e adeptos estão no mesmo sentido e rumo. E acaba por ter muito significado por causa disso."
[Melhor momento nos festejos no Marquês de Pombal em 2023/24]
"Foi mais a loucura toda do caminho, com os sítios onde passámos e as pessoas todas a correr atrás de nós. Foi o que nos fez ficar mais perplexos, porque havia gente de todos os lados."
[Como defines esta época?]
"Um bocado atípica, mais uma vez pela questão das lesões e temos perdido gente importante. Mas acho que acabou por ajudar na união do grupo. Muitas vezes uns tiveram de fazer sacrifícios por outros. Na Seleção, quando fiz os dois golos, recebi mensagens de toda a gente. Todos falaram comigo e ficaram contentes. Isso mostra que nos ajudamos no mal e ficamos contentes pelo bem. E, portanto, estamos todos no mesmo sentido."
[Exibição decisiva pela Seleção em Alvalade]
"Tinha de ser em Alvalade, na altura disse, tinha de ser ali. Foi mesmo tudo perfeito, porque tinha o meu pai em Alvalade, tinha de ser ali."
[Explicação para a celebração dos golos]
"O meu pai vê todos os jogos em casa, portanto é sempre para ele que tenho de retribuir tudo o que fez por mim. Ao meu pai e à minha mãe. A minha mãe não gosta de ver futebol, fica muito nervosa. Mas é para o meu pai e para a minha mãe. Faço questão de lhes dar tudo e retribuir aquilo que fizeram por mim."
[Objetivo de bicampeonato e final da Taça no Jamor]
"O máximo de empenho possível, o máximo de foco. Acredito que estas semanas têm de ser de exigência máxima. Temos de ganhar este próximo jogo, porque se não ganharmos este próximo jogo, não interessa. Vai ser muito por aí. Temos de descansar, comer bem, estudar bem os adversários e focar ao máximo possível."
[Objetivos]
"Espero que mais golos e assistências e que consiga fazer mais e melhor a cada época que passe."