
Tomás Araújo (4) — Com ou sem intenção, derrubou Ricardo Horta, quando lhe pisou o calcanhar. Cometeu penálti. Não esteve particularmente inspirado a defender e a atacar até deixar o jogo, na tal gestão física.
António Silva (6) — O central mais calmo do Benfica, capaz de não perder a cabeça mesmo com o acentuar da descrença. Defensivamente, foi importante, ofensivamente não se fez notar.
Otamendi (6) — O capitão foi dos últimos a desistir, ainda atirando de cabeça, com perigo, mas por cima da trave, já depois do minuto 90. A revolta do costume ao sentir que o resultado não era o desejado, o jogo físico e mental também a um nível relevante, mesmo quando as coisas não corriam bem aos encarnados.
Carreras (4) — Não era a sua tarde, do ponto de vista defensivo e ofensivo. Um toque a mais, uma escorregadela, um cruzamento mal tirado, as coisas raramente saíram bem.
Leandro Barreiro (5) — Ao minuto 6 perdeu oportunidade incrível, atirando ao lado do poste esquerdo quando estava isolado em plena área, só com Hornicek pela frente. Aos 28' reapareceu em zona de perigo, mas deixou escapar a bola anulando logo ali jogada prometedora dentro da área. Ficou na relva, após choque com Víctor Gómez, sem falta, Teve o mérito de manter o seu jogo vivo e a velocidade com que abordou os lances rendeu faltas à sua equipa, amarelos aos bracarenses e muitas dores ao benfiquista.
Florentino (5) — Bem resolvida a asneira com os pés de Trubin aos 50'. De resto, poucas notas altas ou baixas. Os mínimos.
Kokçu (4) — Organizador, em teoria, do jogo do Benfica, raramente teve espaço e raramente se libertou para passar com risco, com qualidade, para fazer um drible desequilibrador ou um remate. Até na marcação de um livre direto em zona frontal foi pouco feliz.
Akturkoglu (4) — Não é o mesmo jogador quando é obrigado a mudar para o lado direito. Perde a capacidade de fazer diagonais e disparar com o pé de dentro, o direito, o seu melhor pé. Mas Bruno Lage lançou Schjelderup em vez de Di María e quando é assim o turco é obrigado a deixar a esquerda. Esta questão não justifica, todavia, alguns erros primários cometidos na condução de bola ou no drible. Foi naturalmente substituído.
Pavlidis (7) — Aos 14' recebeu de Schjelderup, trabalhou bem na área do SC Braga, mas errou o disparo, atirando fraco e ao lado. Competente a jogar de costas para a baliza e a rodar, a dar linhas de passe constantes aos companheiros. Ao minuto 48 fugiu à marcação, entrou na área em zona frontal e disparou, mas sem qualidade. Aos 63', sem rodeios, foi direito à baliza e fez um disparo violento, golo. Ainda serviu bem Belotti aos 70'. Nunca se entregou.
Schjelderup (5) — Belo passe para Pavlidis aos 14', momento alto de uma primeira parte em que esteve entre os mais capazes da sua equipa. No segundo tempo foi desaparecendo, até sair.
Di María (5) — Entrou aos 59' e esteve no golo de Pavlidis, no 1-1, com passe simples. Quis fazer algo de relevante a cada bola, mas está longe do pico de forma.
Bruma (4) — Entrou aos 59' e aos 67' encontrou espaço para o remate, mas errou a baliza. E foi (quase) tudo.
Belotti (4) — Entrou aos 59', esteve pouco depois no lance da expulsão de João Moutinho e atirou ao lado aos 70'. Curto.
Tiago Gouveia (5) — Entrou aos 73' e entrou com vontade, com velocidade, desequilibrando pela direita, como aos 80', com fuga e cruzamento de qualidade, e aos 90', com novo centro perfeito, direitinho à cabeça de Otamendi.
Arthur Cabral (5) — Foi o último a saltar do banco, minuto 87', mas esteve perto do golo, com bela cabeçada.