O FC Porto bateu o Farense este domingo, por 2-1, no Estádio do Dragão, após uma primeira parte sem golos. No regresso dos azuis e brancos às vitórias, Vítor Bruno, em declarações aos microfones da SportTv, desvalorizou o erro individual de Otávio no lance de golo dos algarvios e destacou a exibição «avassaladora» da equipa, apesar do resultado final.

Análise ao jogo: «[O FC Porto] ganhou porque tinha de ganhar e ganhou bem. Se alguem questiona a vitória do FC Porto hoje, é alguém que viu um jogo diferente. O Ricardo Velho fez uma exibição fenomenal, falhamos oito lances de golo e tivemos quatro bolas nos postes, fomos avassaladores. Abrimos a segunda parte e fizemos um golo, depois tivemos um erro individual, que faz parte do nosso crescimento, de passos que temos de dar em frente para ganhar maturidade. Mas a equipa está preparada para responder e proteger sempre um colega que possa errar. Foi à vista de todos, não vale a pena estar aqui a esconder, foi um erro individual. Mas é um erro de alguém que trabalha bem, que é sério. Não me incomoda porque sei qual é a casta de qual ele e a equipa são feitos. A equipa sentiu a necessidade de voltar a agarrar o jogo, para poder camuflar esse erro e ganhar um jogo perfeitamente justo. Acaba por ser quase ridículo estarmos a falar de poder não ganhar este jogo, foi demasiado avassalador relativamente ao que foi o resultado final em termos de números.»

Erro de Otávio: «Isso faz parte do crescimento deles. O Otávio, há pouco tempo, estava numa realidade diferente, no Famalicão, que, com todo o respeito, não tem a exigência do FC Porto. O [Francisco] Moura fez aqui também o primeiro jogo, tudo isso leva tempo. Requer uma capacidade da nossa parte de agarrar os jogadores a um contexto de exigência maior, é uma questão de maturar comportamentos. De perceber que, depois de um erro, não podemos querer resolver a fazer coisas brilhantes, temos de fazer o mais simples. Jogar curto, jogar fácil, abordagens pela certa nos timmings corretos. Há a tendência normal de, depois de cometer um erro, querer fazer tudo muito bem. Aconteceu e ele vai crescer com o erro, tem essa capacidade de receber informação, de poder produzir aprendizagem a cada treino que passa, esse é o nosso papel e confiamos muito no Otávio e em qualquer jogador que possa cometer erros. Não me preocupa muito.»

Mudanças na linha defensiva: «Não tive receio porque estas duas semanas permitiram-nos trabalhar em cima relativamente a uma linha defensiva nova, ficaram cá os quatro, não foram para as seleções. O Wendell chegou atrasado, fez duas unidades de treino, mas deu perfeitamente tempo para trabalhar e assimilar muito os conceitos da nossa organização defensiva, sobretudo da nossa última linha. Deram uma boa resposta durante a semana, com qualidade. O Nehuen rapidamente vai estar às portas da seleção, o Moura muito rapidamente chegará lá também, o João Mário é internacional, o Otávio está a percorrer um caminho de maturação, todos me dão perfeitas perfeitas condições para decidir, seja qual for a linha defensiva. Temos jogadores com perfis diferentes, é perceber quem é o adversário e de que forma é que podemos casar da melhor forma a dimensão tática e estratégica da equipa.»

Comentários de José Mota: É uma opinião, não tenho que a comentar. É um treinador a defender a sua equipa, pouco há a dizer se põe em dúvida e questiona um penálti que é claro, que é factual. O penálti eu vi, no lance do Samu, ele tem a frente ganha e encosta para golo. As leis são para cumprir, as camisolas não são para ser agarradas, está dentro da área e impede o movimento do Galeno, Sinceramente, não vejo qual é a questão.»