
É por este lema que se rege a cidade de Vizela. Povo de raça, que levantou a linha do comboio para que Vizela fosse elevado a cidade. Diante do Portimonense, o espírito vizelense veio ao de cima ao minuto 90+7´.
Os da casa venceram o Portimonense por 3-2, numa partida em que estiveram a perder por duas ocasiões e conseguiram remontar no último lance do jogo, cortesia de Busnic, que entrou na parte final do encontro.
Loppy foi o MVP de uma partida marcada pela falta de eficácia vizelense e o polo oposto da turma de Portimão, que precisou de pouco mais do que duas oportunidades para fazer dois golos. A proposta da equipa de Ricardo Pessoa não agradou ao espetáculo - anti-jogo desde bem cedo - e acabou prejudicada com um golo no último suspiro.
A sorte prejudicou os audazes
Na fase decisiva da Segunda Liga, o Portimonense deslocou-se a Vizela, terreno difícil para qualquer equipa nesta fase da temporada. As lutas eram diferentes mas o objetivo comum: vencer para ficar mais perto dos objetivos.
O Vizela entrou para atacar, como já é apanágio, mas a sorte decidiu bafejar os algarvios. Na primeira - e única - vez que o Portimonense calcou a área vizelense, Diogo Nascimento cometeu penálti sobre Tamble e este não tremeu da marca dos onze metros.
Depois do duro golpe de sofrer cedo, o Vizela não mudou uma virgula em relação à postura inicial. Dominadores, agressivos e atrevidos: os de rainha ao peito foram para cima da equipa algarvia e o golo dos audazes vizelenses não tardou em aparecer.
Foram precisas três grandes oportunidades até Vivaldo Semedo, depois de um trabalho exemplar de Loppy, fazer um belo golo à meia volta, restabelecendo a igualdade, merecidamente, no marcador.
Apesar do bom futebol praticado pela equipa vizelense, o fator que mais marcou a primeira parte foi o anti-jogo dos algarvios. Sempre que o jogo parava havia um retardar claro por parte dos homens de Ricardo Pessoa. Diogo Rosa, o árbitro, não lidou com este fator da melhor forma.
A justiça fez-se no final
Após um primeiro tempo com oportunidades e bom futebol - por parte dos da casa -, a entrada no segundo tempo foi mais amorfa. Mais passes falhados e menos oportunidades diminuíram o interesse da partida. Apesar dessa apatia, Camilo atirou uma bola ao poste colocando o Vizela em sentido.
Aos dez do segundo tempo, eis que Camilo Duran gelou o estádio vizelense. Havia avisado minutos antes e, depois de um passe de Hector, o colombiano fez um grande remate de pé esquerdo para o fundo das redes da baliza à guarda-redes espanhol Ruly.
A reação caseira ao segundo golo demorou, com dificuldades em explorar a velocidade dos homens dos corredores perante o bloco baixo dos homens de Portimão. Fábio Pereira mexeu na equipa e voilá, resultado quase instantâneo. Aos 77´, Damien Loppy - o MVP - acelerou pela direita e serviu Schutte para novo empate no marcador.
Quando o empate parecia persistir, eis que Busnic teve outros planos. No último lance da partida, o sérvio entrou na área - terreno não muito habitual para si - e rematou cruzado para a explosão de euforia do estádio vizelense. Vitória merecida, da única equipa que procurou vencer o jogo.