
O aumento foi sustentado pela venda de preparado e conservas de peixe, suplantando o aumento percentual das importações (mais 2% no mesmo período), embora os valores absolutos de cada lado da balança sejam muito díspares: as importações custam 24 vezes mais que o valor das exportações.
As importações cabo-verdianas em 2024 ascenderam a 190 milhões de contos (1,7 mil milhões de euros), enquanto as exportações valeram cerca de oito milhões de contos (72 milhões de euros), traduzindo a dependência da economia em relação ao exterior.
No período em análise, o défice da balança comercial aumentou 0,8%.
O perfil do país mantém-se: os preparados e conservas de peixes representam 79% do total dos produtos enviados para o estrangeiro (mais 6,1 pontos percentuais que em 2023), seguindo-se o vestuário e calçado, com quotas de 7% e 3,5%, respetivamente.
A Europa continua a ser o principal cliente, absorvendo 94,7% do total das exportações, com Espanha à cabeça, ao representar quase dois terços do total, graças à compra de pescado e conservas, seguindo-se a Itália (15,7%) e Portugal (11,6%).
Do lado das importações, o continente europeu continua a crescer como principal fornecedor de Cabo Verde, representando quase dois terços, seguido pelo conjunto Ásia e Oceânia (25,9%).
Portugal lidera entre os fornecedores de Cabo Verde (30,7%), seguindo-se Espanha (12,1%) e Índia (com 8,1%).
LFO // ANP
Lusa/Fim