No 'site' do festival, a organização afirma que esta edição "gira em torno de questões fundamentais sobre a Europa e os seus valores democráticos".
"Será que ainda podemos acreditar neles? Quem os defende? Estamos a assistir a uma regressão das liberdades, das ideias e da democracia, no meio de ciclos intermináveis de guerras e invasões. Como podemos processar esta informação parcial e imaginar uma Europa futura onde as equações políticas parecem conduzir à violência contra os desfavorecidos?", questiona a organização do Porto/Post/Doc.
O festival de cinema acontece em várias salas da cidade do Porto, com destaque para Batalha Centro de Cinema, Trindade, Passos Manuel, Ferro bar, Casa Comum, Reitoria da Universidade do Porto e Planetário.
No contexto do programa "O Movimento dos Povos", este ano com o subtítulo "Europa não existe, eu estive lá", vão ser exibidos "The Ascent", de Larisa Shepitko, "Padre Padrone", de Paolo Taviani, "Landscape in the mist", de Theodoros Angelopoulos, "Safe Journey -- Latcho Drom", de Tony Gatlif, "The Passion of Joan of Arc", de Carl Theodor Dreyer, "The Song of Others -- A search of Europe", de Vadim Jendreyko, e "Take care of your scarf, Tatjana", de Aki Kaurismäki.
O Porto/Post/Doc vai contar com uma retrospetiva do cinema da georgiana Salomé Rashi: "Atenta aos efeitos das alterações sociais, sorvendo um pouco a surrealidade do mundo em que vivemos, foi mapeando com o seu cinema a situação política da Geórgia. No âmbito da sua 11.ª edição, o Porto/Post/Doc dedica um foco à sua obra, integrando cinco curtas e três longas-metragens".
Com várias competições a decorrer ao longo do festival, a 11.ª edição abre hoje com a exibição de "Apocalipse nos Trópicos", de Petra Costa, que "investiga a crescente influência que os líderes evangélicos exercem sobre a política brasileira".
Esta edição conta ainda com uma secção infantojuvenil, com propostas direcionadas a escolas, um programa para famílias e um programa dedicado a jovens e adolescentes.
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