Num contexto de fortes tensões à escala global, tanto a nível de conflitos armados como de guerras comerciais, o regresso de Trump à Casa Branca centra todas as atenções, e a sua intervenção no Fórum de Davos, poucos dias após a tomada de posse, é já o momento mais aguardado do evento, que juntará nesta estância suíça, entre hoje e sexta-feira, cerca de 60 chefes de Estado e de Governo e 900 líderes de grandes empresas.
Na apresentação da 55.ª edição do evento, que tem como lema "Colaboração para a Era Inteligente", o novo líder do Fórum Económico Mundial, o norueguês Borge Brende, admitiu que a intervenção de Trump, prevista para a tarde de quinta-feira, "será um momento muito especial, também para se saber mais sobre as prioridades políticas da nova administração", logo depois de esta assumir funções.
Nesta edição de 2025 do Fórum, que, tal como admitiu Borge Brende, se desenrola "no contexto geopolítico mais complicado" desde há muito tempo, participarão, entre outros, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que intervirá na sessão de terça-feira, o vice-primeiro-ministro chinês, Ding Xuexiang, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o novo ministro dos Negócios Estrangeiros da Síria na sequência da queda do regime de Bashar al-Assad, Asaad al-Shaibani.
Entre os 350 responsáveis políticos aguardados em Davos, 60 dos quais chefes de Estado ou de Governo, contam-se ainda o chanceler alemão, Olaf Scholz, o Presidente da Argentina, Javier Milei, o chefe de Governo espanhol, Pedro Sánchez, e o Presidente de Israel, Isaac Herzog, assim como vários líderes de organizações, entre os quais os secretários-gerais da ONU, António Guterres, e da NATO, Mark Rutte.
Criado em 1971, o Fórum Económico Mundial reúne todos os anos centenas de participantes, entre empresários, líderes políticos, economistas e representantes da sociedade civil, numa estância de esqui nos Alpes Suíços transformada em centro de conferências internacionais durante uma semana, tendo este ano sido mobilizados 5.000 militares para garantir a segurança em torno do evento, anunciou o Governo suíço.
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