
A Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM) acusam, nesta Segunda-feira, 05, o Governo de “mascarar” a falta de medicamentos nas unidades sanitárias.
Em causa está a greve dos profissionais de saúde moçambicanos que começou em 17 de Abril e que se tem estendido por falta de entendimento com o Governo.
Segundo o presidente da APSUSM, Anselmo Muchave, a associação tem conhecimento que o Governo quer tentar mascarar a realidade nas unidades sanitárias.
“Alguns profissionais que devem escrever qualquer tipo de medicamentos não compatíveis com a patologia do paciente caso estes não existam, e assim fazer perceber que as unidades têm medicamentos”, disse o responsável.
Entretanto, os profissionais de saúde moçambicanos anunciaram que vão retomar o cumprimento de apenas oito horas de serviço, reclamando o pagamento de horas extraordinárias.
A APSUSM, diz a Lusa, exige há três anos que o Governo providencie medicamentos aos hospitais, face às necessidades com os fármacos, em alguns casos, a serem adquiridos pelos próprios pacientes, assim como a compra de camas hospitalares.
Outras reivindicações passam pela resolução da “falta de alimentação”, pelo equipamento de ambulâncias com materiais de emergência e equipamentos de protecção individual não descartáveis cuja falta vai “obrigando os funcionários a comprarem do seu próprio bolso” e, pelo pagamento de horas extraordinárias, além de exigirem um melhor enquadramento no âmbito da Tabela Salarial Única (TSU).