"Precisamos de dados reais sobre a contribuição do setor da cultura no PIB [Produto Interno Bruto], para que as políticas públicas sejam baseadas em evidências. Um plano estratégico para a morna" e "garantir que o património mundial seja valorizado através de festivais, formações musicais, campanhas internacionais de promoção e apoio direto aos artistas que a preservam", afirmou a deputada do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Josina Freitas.

Nesse sentido, questionou o Governo sobre os planos previstos e sugeriu a implementação imediata do estatuto do artista, para transformar discursos em ações.

Josina Freitas referiu ainda que a cultura cabo-verdiana enfrenta desafios significativos, desde a falta de financiamento consistente até à ausência de autonomia das instituições, ameaçando iniciativas históricas, como a candidatura do Campo de Concentração do Tarrafal a Património Mundial.

Na mesma linha, a deputada da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), Zilda Oliveira, questionou a representatividade da cultura e da criatividade no Produto Interno Bruto nacional e levantou preocupações sobre a preservação do património material e imaterial.

A deputada sugeriu ainda a necessidade de pensar nas indústrias culturais e criativas em articulação com outras áreas, como a educação, a formação, a investigação tecnológica e o turismo, promovendo uma abordagem integrada e sustentável.

Por seu lado, o deputado do Movimento pela Democracia (MpD, no poder), Euclides Silva, defendeu que "foi com este Governo que houve o maior investimento na requalificação do património histórico em Cabo Verde".

A agenda de trabalhos da primeira sessão plenária de dezembro, que termina na sexta-feira, inclui debates com o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, bem como uma sessão de perguntas à ministra das Infraestruturas, Ordenamento do Território e Habitação.

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