
A China ordenou que as companhias aéreas nacionais não recebam mais entregas de jatos da norte-americana Boeing. Esta decisão é mais uma resposta da China à decisão de Donald Trump de impor tarifas de 145% sobre produtos chineses.
Segundo a Bloomberg, Pequim também solicitou que as companhias aéreas chinesas suspendam qualquer compra de equipamentos e peças para aviões de empresas dos Estados Unidos.
O Governo chinês está ainda a considerar medidas de apoio às companhias aéreas que costumam alugar aeronaves da Boeing e que atualmente enfrentam custos mais elevados.
Trump recuou em algumas tarifas
A administração dos Estados Unidos anunciou no sábado uma série de exceções às tarifas aplicadas sobre importações, passando a isentar a entrada de telemóveis, computadores portáteis, discos rígidos, microprocessadores e 'chips' de memória.
A decisão deverá aliviar o impacto dos direitos aduaneiros nos consumidores e beneficiar gigantes dos mercados, como a Apple ou a Samsung.
A China aumentou as tarifas a produtos norte-americanos de 84% para 125%. As taxas entraram em vigor este sábado, dia 12 de abril.
A medida de Pequim foi anunciada na sexta-feira pelo Comité da Pauta Aduaneira do Conselho de Estado (Executivo chinês), que a justificou como uma resposta direta às últimas tarifas aprovadas por Washington, que elevam o total de taxas aplicadas às exportações chinesas para 145%.
O Ministério do Comércio chinês acusou os EUA de seguirem uma política de "unilateralismo coercivo" e chamou a recente ofensiva tarifária de “jogo de números sem sentido económico”.