A segunda edição do Fyre Festival está em risco. O seu organizador, Billy McFarland, terá obtido junto das autoridades mexicanas uma licença que lhe permite, apenas, a realização de uma listening party de 12 horas, para um público que não poderá ultrapassar as 250 pessoas, avança o “NME”.

Este é mais um pormenor suspeito em torno do Fyre Festival, evento que em 2017 se tornou conhecido pelos piores motivos, ao ter sido cancelado e ao ter deixado à sua própria sorte dezenas de festivaleiros, que ficaram retidos nas Baamas. McFarland acabaria por ser condenado a uma pena de prisão por fraude, tendo sido libertado em 2022.

Em março, o organizador anunciou que a segunda edição do festival, que está agendada para os dias 30 de maio e 1 e 2 de junho, se iria realizar em Isla Mujeres, no México. Porém, pouco depois do anúncio, a Secretaria do Turismo do México explicou não ter qualquer conhecimento da realização do evento.

Foi depois noticiado que o Fyre Festival 2 teria lugar em Playa Del Carmen, também no México, mas as autoridades locais negaram estar envolvidas na sua realização - levando McFarland a partilhar, nas redes sociais, uma lista de todas as licenças que já requisitou.

Uma análise a essas mesmas licenças permite concluir que o Fyre Festival 2 não será o grandioso evento prometido por McFarland, que só poderá montar uma listening party - sem performances ao vivo - no Martina Beach Club, e sempre para menos de 250 pessoas, entre a meia-noite e as 4h dos dias 30 de maio, 1 e 2 de junho.

Aquando do anúncio do Fyre Festival 2, McFarland tinha prometido um evento para cerca de 1800 pessoas, com performances de 40 artistas. Foram também colocados à venda alguns bilhetes, que chegavam a custar 1 milhão de euros.

De acordo com o “Consequence of Sound”, esses mesmos bilhetes foram, entretanto, retirados da plataforma oficial de venda, a Soldout.com.