A DJ norte-americana Francesca Keller, conhecida como Donna Francesca, revelou ter recebido uma proposta para tocar na nova edição do Fyre Festival, mas recusou-a.

Em declarações ao programa de televisão “Good Morning America”, do canal ABC, a DJ afirmou ter sido contactada pelo Fyre Festival através das redes sociais. “Perguntaram se queria lá tocar. Aquilo que me disseram foi que iriam organizá-lo em várias discotecas”, disse.

“Coloquei algumas questões que queria ver respondidas e mostraram-se surpreendidos. Disseram-me que nenhum dos outros artistas [que contactaram] se mostrou tão crítico.” A DJ acrescentou não conhecer nenhum dos artistas supostamente já contratados pelo festival.

“Acredito que, a acontecer, será um momento tranquilo num bar de praia, destinado a apenas algumas pessoas”, continuou. “Não acho que vá ser nada de interessante. Seria uma perda do meu tempo”.

Billy McFarland, responsável pela desastrosa primeira edição do festival, anunciou em 2024 que o mesmo regressaria este ano, de 30 de maio a 2 de junho. Depois de ter afirmado que o Fyre Festival 2 teria lugar em Isla Mujeres, no México, a Secretaria de Turismo daquele país disse não ter qualquer conhecimento da realização do evento.

Mais recentemente, McFarland anunciou que o Fyre Festival 2 se realizaria em Playa Del Carmen, também no México. Uma vez mais, as autoridades locais negaram-no, levando o empresário - condenado a pena de prisão por fraude após o primeiro Fyre Festival - a partilhar, nas redes sociais, uma lista com todas as licenças que supostamente terá pedido.

Uma análise a essas mesmas licenças mostrou que o Fyre Festival 2 só tem permissão para montar uma listening party - sem performances ao vivo - no Martina Beach Club, e sempre para menos de 250 pessoas, entre a meia-noite e as 4h dos dias 30 de maio, 1 e 2 de junho. McFarland tinha prometido um evento para cerca de 1800 pessoas, com performances de 40 artistas. Foram também colocados à venda alguns bilhetes, que chegavam a custar 1 milhão de euros.