Kendrick Lamar foi o grande vencedor da noite de Grammys, ao levar para casa cinco prémios, entre eles o de Gravação do Ano e o de Canção do Ano. A cerimónia realizou-se este domingo, na Arena Crypto.com, em Los Angeles.

A “culpa” foi de ‘Not Like Us’, tema editado em 2024, surgido da sua disputa com Drake. Foi a primeira vez que Kendrick conquistou as duas supracitadas categorias, dedicando o prémio de Gravação do Ano à cidade de Los Angeles, devastada pelos incêndios recentes.

Kendrick não foi, no entanto, o único a sorrir ao longo da noite. Beyoncé, que estava nomeada em 11 categorias, venceu apenas três - mas em duas delas fez história: tornou-se na primeira mulher negra a conquistar o Prémio Grammy para Melhor Álbum Country, por “Cowboy Carter”, e venceu, pela primeira vez na carreira, na categoria de Álbum do Ano.

Sabrina Carpenter foi outro dos nomes em destaque, conquistando igualmente três prémios: Melhor Performance Pop a Solo, Melhor Álbum Pop Vocal e Melhor Remistura. Já a rapper Doechii tornou-se apenas na terceira mulher a conquistar o Grammy para Melhor Álbum Rap, por “Alligator Bites Never Heal”. Charli XCX, por seu turno, conquistou os três primeiros Prémios Grammy da sua carreira: Melhor Álbum de Música de Dança/Eletrónica (por “Brat”), Melhor Embalagem e Melhor Gravação Pop/Dança.

Pertenceu a Chappell Roan o prémio para Melhor Artista Novo, com a norte-americana a aproveitar para criticar a indústria discográfica durante o seu discurso de agradecimento. “As editoras lucram milhões de dólares com os artistas”, disse, exigindo que estes últimos sejam melhor protegidos, através de um salário digno e/ou acesso a cuidados de saúde. “Nós ajudamo-vos; será que vocês nos ajudam?”

A cerimónia ficou indelevelmente marcada pelos incêndios em Los Angeles, ajudando a angariar fundos em nome das vítimas, e homenageando a cidade em diversos momentos. Dawes, John Legend, Brad Paisley ou Sheryl Srow juntaram-se para cantar ‘I Love L.A.’, êxito de Randy Newman, e Lady Gaga e Bruno Mars subiram ao palco para interpretar ‘California Dreamin’', dos Mamas and the Papas.

No que toca a intérpretes, destaque também para o regresso de Shakira aos Grammys, dezoito anos depois: a artista colombiana (que venceu na categoria de Melhor Álbum Pop Latino) subiu ao palco para cantar ‘Ojos Asi’ e ‘Bzrp Music Sessions, Vol. 53’. Stevie Wonder e Janelle Monáe foram dois dos nomes a homenagear o falecido produtor Quincy Jones, com um medley de ‘Fly Me to the Moon’, de Frank Sinatra, ‘Let the Good Times Roll’, dos Shirley and Lee, ‘We Are the World’ e ‘Don’t Stop ‘Till You Get Enough’, de Michael Jackson.

Surpresa maior foi a presença de The Weeknd. O músico, que em 2020 prometeu boicotar para sempre a cerimónia, regressou para interpretar duas das canções presentes no seu novo álbum, “Hurry Up Tomorrow”.

A cantora country Sierra Ferrell foi a segunda grande vencedora da noite, ao conquistar quatro Prémios Grammy, e St. Vincent - que atua na edição deste ano do NOS Alive - pode igualmente dar-se por satisfeita, ao acrescentar três prémios ao seu currículo, incluindo o de Melhor Álbum Alternativo. ‘Now and Then’, a derradeira canção dos Beatles, composta com a ajuda da Inteligência Artificial, venceu o Grammy para Melhor Performance Rock. A percussionista Sheila E., nomeada pela primeira vez para um Grammy em 1985, conseguiu finalmente conquistar um prémio: o de Melhor Performance - Música Global, por ‘Bemba Colorá’, com Gloria Estefan e Mimy Succar.

Confira a lista de vencedores das principais categorias dos Prémios Grammy:

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