Ana Sofia Martins foi a convidada de Daniel Oliveira, no Alta Definição, deste sábado, 18 de janeiro. Numa conversa emotiva, a modelo e atriz acabou por recordar quando foi abandonada pela mãe, que acabou por torná-la uma pessoa agressiva.

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“Se ela me tivesse criado, eu não estava aqui agora”

Tudo aconteceu quando tinha cinco anos, sendo que a progenitora nunca mais voltou. “Houve uma discussão muito grande entre os meus pais, eu estava dentro de casa e eles estavam fora a discutir, e eu percebia tudo. Percebi que era uma discussão muito feia que acabou com uma agressão do meu pai para a minha mãe, o meu pai era alcoólico”, começou por partilhar.

“Lembro-me de ter ficado muito assustada, de estar a chorar, de o meu pai entrar em casa e ela a bater à porta, de o meu pai não a deixar entrar. Quando haviam estas discussões ela no dia a seguir voltava sempre, mas no dia a seguir não voltou”, recordou.

Embora tenha sido difícil de aceitar e compreender ter crescido sem mãe, agora, Ana Sofia Martins percebe que foi o melhor. “Não percebia, hoje em dia consigo perceber que ela tinha de ir, tinha de ir viver a sua vida, tinha de ir fazer as suas coisas. Não era aquilo que ela queria para a vida dela,não era estar com o meu pai, não era estar connosco filhos, e tomou uma decisão que, se agora formos a ver, não foi assim tão má. Se ela me tivesse criado, eu não estava aqui agora”, afirmou.

“Eu gostava que as pessoas tivessem medo de mim”

Na altura, a atriz acabou por criar uma revolta dentro dela. “Eu via as minhas colegas na escola com as suas vidas e famílias, os pais adoravam-nas, e aquilo começou a criar uma raiva em mim. Uma raiva que depois se tornava física. Eu aterrorizava-as psicologicamente, algumas colegas, e às vezes chegava mesmo ao físico. Eu sabia que aquilo não estava certo, mas não conseguia exteriorizar de outra forma. Era como se houvesse constantemente um fogo cá dentro e aquilo tinha de sair. Eu gostava que as pessoas tivessem medo de mim porque era uma maneira de controlar a situação, de eu sentir que estava acima daquelas pessoas. Como eu me sentia inferiorizada por não ter amor, era uma maneira de eu sentir que eu é que controlava. É absolutamente ridículo”, finalizou.

Ana Sofia Martins está “há um ano e meio” a restabelecer contacto com a mãe, sendo que o máximo de tempo que estiveram sem se falar foi 13 anos.

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Texto: Carolina Marques Dias Fotos: Impala