O príncipe Harry está em maus lençóis depois de ter sido acusado de assédio e intimidação por dirigente de ONG em África. As acusações foram feitas este domingo numa entrevista à Sky News por Sophie Chandauka, presidente da ONG Sentebale; organização esta de caridade que o duque de Sussex manteve mesmo após a sua rutura com a família real em 2020 e que trabalha em particular com crianças e jovens órfãos devido à epidemia de HIV/SIDA no Lesoto

O irmão mais novo de William era aé agora o patrono da instituição, tendo renunciado ao cargo esta semana após um conflito interno na administração. Na entrevista, Chandauka atacou o filho de Carlos III: “O que o príncipe Harry queria era expulsar-me e isso durou meses. Durou meses, sob a forma de intimidação, assédio”, disse, confessando ainda: “tem provas disso”.

Estilo “quase ditatorial”

A presidente foi acusada de má gestão mas garantia que houve uma cultura de silêncio já que alguns membros se recusaram a falar contra o duque de sussex ou sobre questões como a perda de doadores após a rutura com a realeza.

Chandauka contou ainda que Harry levou uma equipa de filmagem da Netflix ara arrecadar fundos para a instituição no ano passado, durante uma partida de polo e que existiu uma situação desagradável entre o patrono da organização e a duquesa de Sussex, Meghan, ambos querendo segurar o troféu no palco. Alegadamente, contou que posteriormente Harry pediu “para fazer algum tipo de declaração de apoio à duquesa”.

O ex-presidente do conselho, Kelello Lerotholi, no entanto, disse à Sky News que nunca testemunhou tal pedido do príncipe Harry. Ainda no seguimento, Lynda Chalker, que foi dirigiu durante quase 20 anos a ONG em questão, acusou Chandauka de ter um estilo “quase ditatorial”, em declarações ao jornal The Times.

Note-se que Harry cofundou a Sentebale quando tinha 21 anos para continuar o trabalho da mãe, a princesa Diana, depois da morte desta, que estava muito empenhada na luta contra a SIDA.

Texto: Maria Constança Castanheira; Fotos: Reuters