![E se fosse expulso da própria casa por quem lhe invadiu a casa? Foi o que aconteceu a este homem](https://homepagept.web.sapo.io/assets/img/blank.png)
Observam que os proprietários estão ausentes e invadem a casa através das portas ou janelas, e em alguns casos chegam mesmo a mudar as fechaduras. Este não é, infelizmente, um cenário novo em Espanha e, recentemente, um vídeo de um alegado caso idêntico em Portugal tornou-se viral.
Mas, afinal, quem são os 'okupas'? O caso de Jordi Riera, que expôs tudo nas redes sociais, é daqueles que, provavelmente, o vai deixar de 'queixo caído'. Tudo começou quando, no final de dezembro do ano passado, o homem recebeu uma chamada de um vizinho que ouviu barulhos na sua casa em Girona, comprada em 2019 e para a qual tinha recebido recentemente uma licença para obras.
Quando ele e o pai chegaram ao apartamento, constataram que "alguém tinha arrombado". Segundo o que o economista escreveu no 'X' [antigo Twitter], "o interior estava danificado e havia cobertores no chão". Pouco tempo depois, "um homem com cerca de 35 anos, bem vestido e com bom aspecto, apareceu e exigiu entrar". Como é expectável, recusaram.
Perante as ameaças, Jordi decidiu chamar a polícia, que identificou os invasores (eram três). No entanto, as autoridades aconselharam os proprietários a abandonar o apartamento. O motivo? "Um vídeo gravado deles [dos invasores] a dormir entre cobertores e a cozinhar numa casa sem gás, água ou eletricidade" foi entregue como 'prova' que viviam ali. Para os verdadeiros proprietários, "a humilhação foi máxima".
Numa entrevista à Tv3, Jordi deu mais detalhes: "A polícia avisou-me que se não saísse de casa seria acusado de invasão de propriedade e que a consequência poderia ser a prisão. Não podíamos acreditar: estávamos a ser expulsos de casa por 'okupas'", recordou, citado pelo La Rázon.
Um mês depois, Jordi recebeu boas notícias: "Finalmente, recuperámos a nossa casa", afirmou noutra publicação. O proprietário revelou que o tribunal decidiu a seu favor e os invasores não só foram despejados como "condenados por usurpação e multados".
"Esta vitória não nos faz esquecer o maior problema: a lei precisa de mudar. Casos tão claros não podem significar meses de luta e de custos para os legítimos proprietários", afirmou. O economista destacou ainda que "esta insegurança jurídica prejudica toda a sociedade: aumenta o preço da habitação e do arrendamento, e reduz a oferta porque cada vez mais pessoas têm medo de investir em habitação".
De acordo com o La Razón, está a ser elaborada uma nova lei em Espanha para acelerar os processos: se entrar em vigor, permitirá que estes casos sejam julgados em apenas 15 dias. É que, atualmente, são necessários em média entre quatro a nove meses para recuperar uma casa no país vizinho. Há ainda quem não queira esperar tanto tempo e contrate de forma particular empresas de 'desocupação'.