Se não a conhece pelo nome, certamente já terá visto recriações do seu icónico blowout que parece saído de um filme dos anos 90. Matilda Djerf inspirou muitos cortes de cabelo nos últimos anos, mas recentemente viu-se no centro da polémica.

Em 2019, a influencer sueca de 27 anos fundou a Djerf Avenue, uma marca de moda que posteriormente se expandiu e passou a incluir artigos para o lar e produtos de beleza. No ano passado, Matilda apareceu na lista anual da Forbes, “30 Under 30” (30 pessoas influentes com menos de 30 anos).

Mas parece que, por trás de todo este sucesso, algo perturbador acontecia entre quatro paredes. É que esta terça-feira, 17 de dezembro, Matilda partilhou um vídeo com um pedido de desculpa após o jornal sueco 'Aftonbladet' ter publicado uma reportagem onde 11 pessoas anónimas (atuais e antigos funcionários) acusaram a influencer de criar uma cultura tóxica no local de trabalho descrita como “terror psicológico”. Já lá iremos.

“Não sei bem como começar este vídeo, então quero começar por dizer que peço genuinamente desculpa a qualquer pessoa que dececionei e a qualquer pessoa que magoei. Eu sei que tenho estado calada nas redes sociais nos últimos dias e eu queria reunir com a equipa da Djerf Avenue antes de vir aqui. Eu sei que as minhas palavras não são uma resposta ou uma solução, mas espero que muitos de vocês saibam que a minha forma de me expressar é por palavras", disse.



De seguida, Matilda partilhou uma publicação onde aborda novamente o assunto. Quando comecei a Djerf Avenue, nunca esperei que a empresa fosse o que é hoje, com tantos colaboradores e tantas responsabilidades, escreveu. Eu não estava preparada. Nunca tinha liderado uma equipa antes disso, nunca tinha construído uma empresa e, sob muito stress, ritmo acelerado e ingenuidade, falhei em ser a líder e colega que gostava de ser.

A influecer descreveu ainda várias mudanças que a empresa estava a implementar como o pedido de feedback regular e a contratação de um “psicólogo organizacional externo” para avaliar a empresa.



As acusações


Perda de sono, falta de apetite, ataques de pânico. Estas foram alguma das consequências que o ambiente hostil no local de trabalho terá provocado. "Grita connosco, chama-nos nomes, disse um ex-funcionário da Djerf Avenue, referindo-se à influencer. Outro alegou que a empresária perderia a paciência “se não houvesse café”, “se alguém estivesse sentado no lugar errado” ou “se a comida não tivesse sido aquecida”.

Mas a alegação mais bizarra foi de que Matilda tem a sua própria casa de banho no escritório e, uma vez, a placa que dizia que era apenas para seu uso pessoal caiu e alguém a usou por engano. O que aconteceu? Um funcionário terá sido obrigado a “esfregar a sanita antes que Matilda a pudesse voltar a usar”.

Há também acusações que contrariam os valores em que a marca se baseia, sendo que uma delas é a inclusão, com as roupas da Djerf Avenue a ter tamanhos que vão do XXS ao 4XL. Na reportagem, houve quem dissesse que numa campanha para a marca, Matilda reagiu às imagens de uma modelo plus size da seguinte forma: "Temos de refazer isto porque ela fica gorda com estas roupas. Não podemos mostrar isso".