Nininho Vaz Maia tornou-se uma das vozes mais ouvidas em Portugal ou não tivesse agora esgotado duas salas do Meo Arena, em Lisboa, a maior sala de espetáculos do país, com capacidade até 20 mil pessoas em pé.

Contudo, nem tudo foi um mar de rosas. Criado num bairro de barracas da Curraleira, junto às Olaias, na capital, no seio de uma família cigana, não imaginava que a vida desse tantas voltas e que fosse um sucesso nacional. Mas o facto de ter passado pela privação de liberdade deu-lhe um vício que ‘transporta’ até hoje.

“Era a minha mentalidade”

Note-se que o cantor, em 2013 ficou de pulseira eletrónica em casa por se ter envolvido numa rixa aos 26 anos. O artista já tinha antecedentes criminais e acabou condenado a 1 ano e 15 dias de prisão. É aqui que surge uma obsessão por limpezas que assume ter!

À TV Guia revelou ainda que o facto de ser cigano lhe trazia no seu pensamento obstáculos para a fama: “Comecei a esgotar muitas salas mas a minha mentalidade ainda estava lá. Achava que era um momento e não pensava fazer vida da música”, conta, sublinhando: “Era a minha mentalidade. Não sei porquê, mas pensava que o sucesso era só para os outros artistas. De onde eu vim não há muitas oportunidades. Nós próprios, ciganos, não criamos muitas oportunidades para nós.”

Texto: Maria Constança Castanheira; Fotos: Redes Sociais