Podia achar que o uso de tecnologias, como é o caso do telemóvel, pudesse estar associado ao declínio cognitivo. Contudo, um novo estudo mostrou que pode ser o contrário. À revista Parade, especialistas revelam como até pode ajudar a diminuir o risco de demência.

Um estudo publicado na Nature Human Behaviour analisou dados de mais de 411 mil adultos com 50 ou mais anos. Mostrou que o uso da tecnologia por parte destas pessoas estava associado a um risco 58% menor de declínio cognitivo. Concluíram também que este declínio era 26% mais lento nos casos em que era usada tecnologia.

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"Isto não muda os factos biológicos do envelhecimento e da demência, mas ter habilidade tecnológica permite que permaneça funcional por períodos mais longos", conta o neurologista Ausim Azizi.

"O efeito protetor provavelmente decorre de como a tecnologia digital envolve vários domínios cognitivos simultaneamente", continua o neurocientista Walter Greenleaf.

Ainda assim existem formas de conseguir usar a tecnologia nestas idades para melhorar o desempenho do cérebro e evitar o declínio cognitivo. Sugerem que comece aos poucos e vá ganhando alguma confiança. "Comece com um único dispositivo e expanda gradualmente o reportório digital."

Depois, deixe também os seus interesses guiarem as suas escolhas. "Pode aproveitar para ler livros e fazer videochamadas com a família." Por outro lado, existe também a possibilidade de aprender alguma coisa, através de aulas online, por exemplo.

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