A festa vai ser grande, com naturais excessos, quer seja o Sporting ou o Benfica a conquistarem o troféu de campeão este sábado, com os jogos marcados para as 18h00. Fora dos treinos e dos estágios, onde há rigor e disciplina alimentar, passarão a ser permitidas algumas liberdades no que às refeições diz respeito. Normalmente, os jogadores do Sporting Clube de Portugal e do Sport Lisboa e Benfica são discretos quanto à vida pessoal. Mas, quando decidem ir almoçar ou jantar fora, é impossível não serem notados. Fora dos estágios as preferências recaem nas carnes grelhadas ou estufadas no tacho, e a acompanhar abundantes legumes. Sobremesas, nem lhes tocam e nos copos há somente água para acompanhar, garantem os proprietários dos restaurantes onde vão com maior frequência.
As escolhas do “Leão”
Dada a proximidade com a Academia de Alcochete, o restaurante Girassol, no Montijo, é um dos mais frequentados pelos jogadores do Sporting. Sandra Barata, a proprietária, refere que “aparecem ao fim de semana, depois dos jogos, com a família e com os amigos”. Ocupam uma sala reservada, para preservar os jogadores, e “mesmo em lazer preocupam-se em fazer uma alimentação cuidada”. O restaurante foi notícia recentemente devido à predileção de Viktor Gyökeres pelos croquetes da casa, mas Sandra Barata assegura que “houve um grande exagero, ele não come assim tantos como a notícia dizia”, referindo-se aos 50 aperitivos mencionados no artigo. Ainda assim, valeu a pena a distorção da realidade, já que agora, “vendemos mais de 100 croquetes por dia”.
À mesa, no restaurante Girassol (Avenida 5 de Outubro, Sarilhos Grandes, Montijo. Tel. 912319615), as preferências dos jogadores vão para o “Rabo de boi estufado em vinho tinto” e para a “Bochecha de ‘Toro’ a baixa temperatura”, conta Sandra Borges, garantindo que as doses se servem sempre “com muitos legumes a acompanhar" e que os atletas "bebem somente água ou, no máximo Coca-Cola Zero”.
Regressando aos Croquetes, a variedade é grande: há de “Pato confitado, molho aveludado de laranja e presunto de pato”, “Choco e gambas com creme aveludado de tinta de choco” e ainda de “Rabo de boi com ovo de codorniz”. A ementa é vasta, destacando-se, nos peixes, os “Ovos rotos de carabineiro” (preço médio €40).
Favorito das “Águias”
“Foi o Rui Vitória, quando era treinador, quem começou a frequentar o meu restaurante, depois o Luisão e hoje, grande parte do plantel do Benfica”, recorda Hugo Araújo, proprietário do restaurante Sr. Patolas na Aroeira. Mas, continua, “na verdade, somos multi clubes, já que os jogadores do Sporting e até do Futebol Clube do Porto procuram a nossa casa”. A maioria das vezes, “só descubro que estão cá jogadores devido aos outros clientes que começam a falar e a tentar uma fotografia”. Arthur Cabral é dos que mais vezes aparece, e, naturalmente opta pelas carnes do sul da América, o que lhe valeu, numa altura de menos rendimento desportivo, a alcunha de “Picanha”.
Na ementa do Sr. Patolas (Avenida Sacadura Cabral, 63, Aroeira. Tel. 911088733) há “Chuleton Maturado”, “T-Bone maturado”, “Picanha maturada” e “Ponta do Ácem”, além de um exclusivo “Wagyu A5 KOB) apenas por encomenda, a custar €385 cada quilo. Há ainda a possibilidade de se escolher o “Bife D’Ouro”, que pode se qualquer corte de carne coberto com uma folha de ouro de 24 quilates por mais €35. O peixe não entra na ementa, e para acompanhamento, os jogadores do Benfica optam pelas “Salada mista” ou pelos “Espinafres cremosos”.