
Friedrich Merz conseguiu, na segunda votação, obter a maioria dos votos a favor e ser eleito chanceler da Alemanha, após ter falhado a primeira votação no Parlamento.
O líder conservador obteve 325 votos a favor, mais nove que os 316 necessários para ver confirmada a eleição. Houve ainda 289 votos contra e uma abstenção.
Merz tinha falhado esta manhã, de forma surpreendente, a maioria necessária na primeira volta da eleição para chanceler, levando à interrupção da sessão no Bundestag (Parlamento).
Na primeira votação secreta realizada no Bundestag, o líder da União Democrata Cristã (CDU, na sigla em alemão) obteve 310 votos a favor.
O líder da CDU toma posse como 10.º chanceler pós-Segunda Guerra Mundial, depois de ter alcançado um acordo de coligação com os sociais-democratas do SPD.
Merz seguiu para o Palácio Bellevue, onde foi oficialmente nomeado chanceler pelo presidente federal Frank-Walter Steinmeier. Depois deverá ir para o Bundestag para fazer o juramento de posse, tal como os 17 ministros federais.
O líder da CDU, de 69 anos, que deveria suceder a Olaf Scholz, prometeu dar prioridade à unidade e à segurança europeia face às ameaças da nova administração norte-americana de Donald Trump e à guerra em curso na Ucrânia, após a invasão russa iniciada em fevereiro de 2022.
Internamente, Merz quer promover ideias como a redução dos impostos sobre as empresas para renovar o modelo económico alemão, o que poderá ser bloqueado pelo parceiro de coligação, o Partido Social-Democrata (SPD).
As políticas de imigração deverão ser um dos focos de Merz, com um agravamento e rejeição dos requerentes de asilo sem documentos nas fronteiras do país, apesar de a Comissão Europeia já ter salientado a necessidade de uma abordagem coletiva e unificada sobre migração.