
Na cerimónia fúnebre do Padre Martins Júnior, além da música, muita dela escrita pelo próprio, destaque para a mensagem que foi lida pelo amigo e Padre José Luís Rodrigues, que optou na homilia pela escrita, porque, justificou, a voz embargada não lhe permitiria outra opção.
Lembrou que o Padre Martins Júnior gostava muito das coincidências da vida, pelo que a data da sua morte, 12 de Junho de 2025 não podia ter nada mais que outras, desses dois, o facto de a sua Diocese do Funchal foi instalada precisamente neste mesmo dia 12 de Junho de 1514.
José Luís Rodrigues enveredou por uma mensagem bastante crítica a quem não pôde nem soube reconhecer no homem, agora homenageado na hora da sua morte, ao longo de 50 anos.
"Morreu de pé e até na hora da sua morte mostrou que não se encaixava" na normalidade, e a prova disso foi o tanto que dedicou à Ribeira Seca, reconhecida por Machico, pela Madeira e até com impacto em Portugal, recordou.
A Liberdade, palavra cara ao Padre José Martins Júnior, não foi esquecida, mesmo que ao longo de quase 50 anos tivesse ficado afastado dos seus paroquianos oficialmente, mas não em representação da sua gente. Martins Júnior, uma voz que nunca se calou mesmo afastado 'ad divinis', recordou.
"A sua memória inspira-nos" , disse, agradecendo pelo seu exemplo, amizade, ensinamentos e inspiração. "A vida do Padre José Martins Júnior valeu a pena".