
O Hamas libertou esta quinta-feira os corpos de quatro reféns israelitas, incluindo uma mãe e dois filhos, tendo sido a primeira vez que foram entregues restos mortais de reféns desde que começou o cessar-fogo em Gaza, em janeiro.
Os restos mortais enviados para Israel são, em princípio - a identificação formal pode demorar até dois dias, já que Israel vai realizar testes de ADN - de Shiri Bibas e dos seus dois filhos, Ariel e Kfir, e de Oded Lifshitz, que tinha 83 anos quando foi raptado. Kfir, que tinha 9 meses quando foi levado, era o cativo mais novo.
Segundo o grupo islamita palestiniano Hamas, os quatro foram mortos, juntamente com os seus guardas, em ataques aéreos israelitas.
O que está previsto na primeira fase do cessar-fogo?
Esta foi a sétima troca de reféns por prisioneiros entre Israel e o Hamas, na chamada primeira fase do cessar-fogo, tendo o grupo islamita libertado 24 reféns e Israel entregue 1.135 prisioneiros. Hoje, no entanto, nenhum prisioneiro foi libertado em troca dos corpos.
O Hamas concordou trocar 33 reféns por quase 2.000 prisioneiros e detidos por Israel durante esta fase. Espera-se que seis reféns ainda vivos sejam libertados no sábado em troca de centenas de prisioneiros palestinianos.
As negociações para uma segunda fase do cessar-fogo deverão arrancar nos próximos dias.
Estes são alguns pormenores sobre os reféns sequestrados a 7 de outubro de 2023:
- Total de reféns: 251 pessoas
- Reféns libertados em trocas ou outros acordos: 137, dos quais 4 mortos em cativeiro
- Reféns ainda em cativeiro: 66, dos quais Israel declarou 30 mortos
- Reféns em cativeiro que são soldados: 13, dos quais Israel declarou 7 mortos
- Corpos de reféns mortos recuperados pelas tropas israelitas: 40
- Reféns resgatados com vida: 8
- Não israelitas ainda em cativeiro: 5 (3 tailandeses, 1 nepalês, 1 da Tanzânia), dos quais se pensa que 2 (1 tailandês e 1 nepalês) ainda estão vivos.
Além disso, três israelitas detidos em Gaza desde antes do ataque de outubro de 2023: o corpo de um soldado morto na guerra de 2014 e dois civis que entraram em Gaza por conta própria em 2014 e 2015 e que se acredita estarem ainda vivos.