O episódio não teve piores consequências porque a GNR e a Polícia Judiciária detetaram e conseguiram remover em segurança o engenho explosivo artesanal, na manhã de sábado, dia em que decorria numa praça amovível a corrida de toiros de Torres Vedras. A bomba artesanal tinha sido colocada nos curros da praça instalada junto à discoteca Mau Maria, onde nessa noite atuaram os cavaleiros Luís Rouxinol, Emiliano Gamero e Marcelo Mendes, numa corrida de casa cheia de marcou o regresso da festa brava ao Oeste. "O engenho foi removido por uma unidade especializada da GNR e a investigação está a ser conduzida pela Polícia Judiciária", adianta a PróToiro, que pede uma "investigação cabal" a um episódio que podia ter acabado particularmente mal.
De acordo com o Farpas, um engenho feito de pneus, garrafas e garrafões ligados por fios foi encontrado por um funcionário de Mendes, que suspeitou tratar-se de um explosivo artesanal e alertou as autoridades.
A federação taurina considera que este ato criminoso é "consequências do discurso de ódio e intolerância política em relação às touradas" e exige medidas do governo contra a "violência antitaurina". "A rápida e eficaz intervenção das autoridades policiais fez com que, nessa noite, a tourada se pudesse realizar com toda a segurança, tendo resultado num enorme sucesso, com lotação esgotada", frisa a PróToiro, que repudiou uma "situação criminosa", "um ato radical que atenta contra os direitos e liberdades dos cidadãos, contra a liberdade cultural, e contra a tauromaquia em particular".
"Há vários anos que alertamos que o discurso de ódio recorrente contra a tauromaquia, realizado por partidos como o PAN e BE, legitimam a radicalização de atitudes contra as liberdades dos cidadãos e dos aficionados em particular. Esta promoção da intolerância e do ódio contra a cultura tauromáquica tem de terminar, urgentemente, no discurso político português", realça a federação, pedindo aos órgãos de polícia criminal e ao Ministério Público uma cuidadosa investigação dos factos e a responsabilização judicial dos seus autores. "Do governo exigimos ações que ponham cobro aos atos crescentes de violência antitaurina e que garanta a segurança dos cidadãos", adianta ainda a PróToiro, que já pediu uma reunião urgente com a Ministra da Administração Interna para poder discutir medidas.