"Quem dá voz e representa as tantas pessoas que foram severamente prejudicadas e sofreram graves danos colaterais? Serão invisíveis? Cada vez há mais evidências da ligação entre mortalidade excessiva e as inoculações covid. Infelizmente, estas injeções não eram seguras, tão pouco eficazes. Mas estas vidas também contam. Contam como todas as outras. Estas vidas valem. Porque não vês, não quer dizer que não existam."
in: Os Invisíveis - Lesados das Inoculações
É esta a afirmação de Joana Amaral Dias, no vídeo publicado dia 7 de junho no canal de YouTube do ADN (partido pelo qual concorreu às Europeias deste domingo), que a cabeça-de-lista acredita que terá dado origem àquilo que considera, muito simplesmente, "um ato de censura". O vídeo: um documentário idealizado pela candidata do ADN ao Parlamento Europeu, realizado por Nelson Chantre e produzido por António Nogueira, que, segundo descrevem, "reúne testemunhos verdadeiros, medicamente fundamentados e comprovados de pessoas gravemente lesadas pelas inoculações experimentais da covid-19, pretendendo espoletar um alerta à população para os danos resultantes das inoculações deste fármaco experimental".
Publicado na noite de dia 7 de junho, o vídeo foi retirado do ar pela equipa de gestão do YouTube pouco depois, com a justificação de "violar as Regras da Comunidade". Mas Joana Amaral Dias tem outra visão: "foi uma inaceitável censura"; isso põe em causa "a Liberdade de Expressão" e é uma tentativa de "condicionar a Mensagem Política deste partido". E avançou com uma queixa junto da Comissão Nacional de Eleições (CNE), que já notificou o YouTube para se pronunciar sobre a queixa apresentada pelo ADN.
"A CNE instaurou o processo PE.P-PP/2024/121-ADN e notificou o YouTube para se pronunciar sobre a queixa apresentada pelo partido no passado sábado", informou o partido. Se a CNE condenar YouTube neste processo, poderá ser uma decisão histórica num tema que põe em confronto dois direitos: a política interna do YouTube e a retirada de suportes de campanha política em eleições em Portugal.
"O YouTube é uma plataforma em linha de colocação, disponibilização e difusão, alegadamente democratizada, de conteúdos multimédia que, operando em Portugal, não pode violar a Constituição e atentar contra a Liberdade de Expressão dos Cidadãos e muito menos pode condicionar a mensagem de um partido político – especialmente em momento de campanha eleitoral", vinca Joana Amaral Dias, lembrando que a censura é proibida "só ao Estado, mas também a qualquer entidade ou poder em posição de impedir a liberdade de expressão".
Sendo o ADN a voz mais alta na contestação às vacinas covid e sendo os erros da pandemia e consequentes ataques às liberdades individuais uma das suas bandeiras, pedindo recorrentemente, por exemplo, que os partidos com assento parlamentar na Assembleia da República "tenham coragem de iniciar uma investigação séria e credível" sobre o tema, o partido considera que a divulgação daquele vídeo era particularmente relevante.
A contestação à gestão da pandemia e a "denúncia da opacidade dos contratos firmados com as farmacêuticas" foram mensagens centrais da campanha do ADN nestas Europeias, pelo que o partido considera mesmo que a retirada do conteúdo pelo YouTube lesou a sua passagem de mensagem. "Dois dias antes de o nosso documentário ter sido apresentado, foi tornado público um artigo de investigadores holandeses na prestigiada revista científica BMJ Public Health que veio apontar as vacinas experimentais da covid como um dos fatores de maior responsabilidade para o excesso de mortalidade no triénio 2020-2022 em 47 países ocidentais, incluindo Portugal, que em três anos teve mais 30.405 mortes do que se esperaria", vinca Joana Amaral Dias.