A pandemia interrompeu a série, mas o Prémio Revelação está de volta, com a retoma da parceria entre o novobanco e a Fundação Serralves e novidades a marcar esta 16.ª edição. "Esta paragem permitiu repensar o formato do prémio introduzindo mudanças que contribuem para a sua internacionalização e melhor adequação à nossa realidade, considerando as tendências recentes que têm vindo a marcar este tipo de prémios", explica a organização.
Mas que mudanças são estas que marcam o mais importante prémio de fotografia do país? "O artista vencedor será agora diretamente selecionado pela direção artística do Museu de Serralves — Philippe Vergne, diretor do Museu de Serralves, Inês Grosso, curadora-chefe, e Ricardo Nicolau, curador e adjunto da direção —, tendo em conta as práticas fotográficas mais inovadoras em Portugal e internacionalmente, partindo de vários portfolios de jovens fotógrafos assinalados por artistas e académicos ligados à fotografia, e alternando, a cada edição, entre um nome nacional e um estrangeiro."
O prémio divide-se entre o valor pecuniário e uma exposição em Serralves, na qual o artista terá oportunidade de apresentar trabalho inédito, com as equipas do novobanco e do Museu de Serralves a acompanhar o projeto desde o início, apoiando em temos de planeamento, produção e comunicação. O vencedor verá ainda uma publicação monográfica sobre o trabalho apresentado publicada, inaugurando-se assim uma nova série de livros associada ao prémio. "Isto contribuirá para o objetivo do 'novobanco Revelação' de afirmar uma das iniciativas artísticas mais relevantes no panorama artístico nacional e internacional destinadas a jovens criadores."
"A Fotografia é um dos pilares estratégicos do nosso compromisso cultural para com a sociedade, promovendo e partilhando atividades e patrimónios culturais de forma transversal, bem como incrementando a criação artística, em particular na fotografia", frisa o novobanco, cuja coleção de fotografia, com mais de mil obras de 300 artistas de várias gerações e nacionalidades, é uma das mais importantes entre as corporativas de arte contemporânea do mundo, estando disponível para visitas.
Segundo a organização, a implementação de uma iniciativa global de arte contemporânea tem o objetivo de "descobrir, reconhecer e apoiar uma nova geração de artistas" que trabalham com fotografia e confirma "a vocação de Serralves para revelar artistas portugueses e internacionais" com o mesmo destaque e visibilidade.