
Doze ativistas da Flotilha da Liberdade ainda detidos em Israel devem ser julgados esta segunda-feira por um tribunal por tentarem entrar ilegalmente no país e, posteriormente, vão ser deportados, referiu a organização.
Sandra Barrilaro, responsável pela comunicação da Flotilha da Liberdade em Espanha, afirmou à agência de notícias EFE estar previsto para esta tarde de segunda-feira a transferência "para um centro de deportação junto ao aeroporto de Telavive" e, daí, o embarque "em voos de regresso aos respetivos países entre esta noite e a madrugada de terça-feira".
No entanto, Barrilaro alertou que o governo israelita não fornece detalhes das deportações até ao último minuto, nem aos advogados, nem aos serviços diplomáticos.
Navio interceptado por Israel em águas internacionais: 21 ativistas detidos a 74 km de Gaza
O navio Handala partiu de Siracusa (Itália) em 13 de julho, com destino a Gaza, com o objetivo de romper o bloqueio israelita e entregar alimentos à população do enclave palestiniano.
O barco foi apreendido na noite de sábado pelas forças israelitas em águas internacionais, a cerca de 74 quilómetros da Faixa de Gaza.
No total, foram detidas 21 pessoas, cinco das quais: Antonio Mazzeo (Itália), Gabriel Cathala (França), Jacob Berger (EUA), Waad al-Musa (EUA-Iraque) e Mohamed el-Bakkali (Marrocos) assinaram os documentos de deportação e foram ou estão a ser expulsas este dia 28.
Os doze ativistas que serão julgados estão em greve de fome, disse Barrilaro.
Dos restantes quatro, Ange Sahuquet (França) e Frank Romano (Estados Unidos-França) aguardam para se reunirem com os advogados para determinar se serão deportados ou se vão comparecer em tribunal.
Os dois últimos, Bob Suberi e Huwaida Arraf, com dupla nacionalidade israelo-norte-americana, foram detidos pela polícia e vão enfrentar um processo separado por serem também cidadãos israelitas.
"Queremos que todos regressem em segurança aos seus países", afirmou a porta-voz, sublinhando que as ações da Flotilha fazem parte de um apelo urgente à comunidade internacional para acabar com a crise em Gaza.
A porta-voz sublinhou que o barco foi atacado por "soldados totalmente armados" e que "nunca devia ser considerado uma ação pacífica", embora tenha reiterado que não houve feridos, como confirmou a equipa de advogados e serviços consulares.