
O Banco Popular da China anunciou hoje uma injeção inesperada de liquidez de um bilião de yuan (121,795 mil milhões de euros) nos mercados, recorrendo a um instrumento que tem vindo a utilizar no final de cada mês.
O banco central informou no seu portal que ia injetar hoje o montante no sistema bancário, com o objetivo "manter ampla liquidez", através de uma operação que denominou como acordo de recompra direta, que equivale a empréstimos de curto prazo aos bancos.
"O 'pré-anúncio' da operação, juntamente com a sua grande dimensão, mostra a intenção do banco central de aliviar a ansiedade do mercado sobre as condições de liquidez interbancária na China em meados do ano, especialmente com os vencimentos recorde de certificados de depósito negociáveis (NCDs, instrumentos de dívida de curto prazo) em junho", explicou Xiaojia Zhi, economista do Crédit Agricole CIB, citado pela Bloomberg.
A agência de notícias recordou que o banco central tem utilizado este instrumento no final de cada mês, desde que foi criado em outubro, e salientou que os bancos chineses têm de pagar 4,2 biliões de yuan (511,62 mil milhões de euros) em NCDs este mês.
Junho é geralmente um mês difícil para os bancos, uma vez que precisam de acumular liquidez suficiente para satisfazer as exigências dos reguladores, o que é agora agravado pelo receio de um êxodo de depósitos devido à redução das taxas.
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