"A fotografia em anexo mostra uma antiga casa típica madeirense, localizada onde hoje se encontra em construção o supermercado Continente. Era um exemplo claro do património arquitetónico da nossa terra", começa por referir José Carlos Gonçalves, candidato pelo Chega à Câmara Municipal de São Vicente.

Aquele foi candidato pela IL em 2021, agora apresenta-se como candidato pelo partido de André Ventura, abraçando o desafio e dizendo que está "com o povo" e "livre de interesses, firme com São Vicente", aponta "a casa, apesar de degradada, podia ter sido recuperada e integrada na paisagem da nossa vila - pitoresca e cheia de história. Mas foi ignorada, destruída, e substituída por um edifício que nada respeita o contexto urbano e cultural do local".

Foto DR
Foto DR dnoticias.pt

Profissional de seguros, José Carlos Gonçalves garante que não é "contra o progresso" e defende "melhores condições de habitação, mais conforto e modernidade", mas frisa que "recusar preservar a nossa identidade é um erro grave - e o que está ali construído é prova disso", escreveu ainda antes da inauguração ocorrida ontem. E acrescenta: “Hoje, já não podemos mudar o que foi feito, apesar dos muitos alertas de cidadãos que queriam ver São Vicente a valorizar os seus antepassados."

Olhando ao futuro, José Carlos Gonçalves refere que "é possível recuperar o que tem valor e inovar onde realmente faz falta - e o nosso concelho tem espaço para empresas e comércio sem sacrificar a memória e beleza do que somos", acredita. "É por isso que decidi avançar para as eleições. Porque a nossa terra precisa de ser ouvida. O povo tem voz. E essa voz tem de ser respeitada", garante.

Concluindo, "neste momento, o que temos para mostrar aos nossos visitantes é muito pouco", apelando, assim, ao voto no Chega, "por um São Vicente que respeite as suas raízes, que valorize os seus habitantes, e que construa um futuro digno".

Refira-se que o supermercado Continente, o primeiro da marca nacional no concelho de São Vicente, foi inaugurado na quarta-feira, 30 de Julho, tendo sido construído num terreno de um antigo solar e que durante anos foi estacionamento alternativo no centro da vila. Um investimento de 6 milhões de euros e criação de 60 postos de trabalho.