O presidente do Partido Socialista (PS), Carlos César, defendeu este sábado que nas eleições presidenciais é importante a escolha de um "representante que seja de uma área política ampla do centro e da esquerda" para o "equilíbrio do quadro institucional".

"É importante que nessa luta no quadro institucional português haja um balanceamento, um equilíbrio e uma pluralidade na composição dos diversos órgãos de soberania e por isso a eleição de um representante que seja de uma área política ampla do centro e da esquerda é muito relevante para fazer essa compensação e garantir esse equilíbrio", afirmou, sem avançar nomes, aos jornalistas Carlos César, em Mação.

Questionado sobre quem o PS deve apoiar para a presidência da República, o presidente do partido disse ainda que, "para os socialistas, e para mim como socialista, é importante poder votar em alguém que, representando esse espaço, seja um candidato sólido, com experiência e conhecimento, quer no plano nacional, quer no plano europeu".

Sem apontar nomes, César apontou como perfil alguém "com conhecimento no âmbito das relações internacionais e da complexidade do momento que hoje vivemos no mundo, e que traz sem dúvida consequências no nosso país, e, portanto, a escolha de um candidato creditado e com esse passado documentado seria a melhor escolha que eu faria para votar", declarou.

"Não vou falar naturalmente em nomes, nós estamos numa fase em que esses candidatos se vão mostrando e se vão evidenciando, mas a seu tempo essa era a mesma escolha que eu gostaria de fazer. O que me interessa é que seja um grande candidato", vincou.

Questionado sobre se o presidente do PS pode ser um candidato que venha a ser apoiado pelo PS, Carlos César rejeitou a ideia de uma candidatura a Presidente da República.

"Não, não, não, não sou candidato a isso. Aliás, essa é uma matéria que eu falei há muitos anos, quer com o secretário-geral anterior, quer com o atual secretário-geral. O meu contributo é um contributo, às vezes gosto até de ironizar, como presidente do partido sinto-me um militante de base, embora mais valioso, mas mais nada do que isso", afirmou.