A Casa Branca queixou-se esta terça-feira que a Universidade de Columbia está a recusar ajudar agentes federais a encontrar pessoas que são procuradas para serem deportadas por participarem em protestos pró-palestinianos, enquanto lhe suspende o financiamento federal.

Os agentes da agência de imigração detiveram no sábado Mahmoud Khalil, um ativista palestiniano, com residência legal nos EUA, que tem tido um papel proeminente nos protestos nesta universidade.

Agora, enfrenta uma eventual deportação.

Donald Trump já prometeu detenções adicionais.

A assessora de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse durante um encontro com jornalistas que as autoridades federais estavam "a usar informações" para identificar outras pessoas envolvidas nas manifestações universitárias, críticas dos dirigentes de Israel, que o governo de Trump considera antissemíticas e "pro-Hamas."

Acrescentou que tinham sido dados nomes à universidade, mas que esta recusou ajudar o Departamento de Segurança Interna a "identificar esses indivíduos".

Na semana passada, o governo de Trump anunciou a suspensão de 400 milhões de dólares destinados a Columbia, acusando-a de ser incapaz de parar o antissemitismo no seu espaço.

Nesta universidade decorreram na última primavera grandes manifestações estudantis a exigir o fim da ação militar israelita na Faixa de Gaza e o reconhecimento dos direitos dos palestinianos.

A universidade acabou a chamar a polícia, para desmantelar um acampamento estudantil e acabar com a ocupação de um edifício administrativo.

Khalil, de 30 anos, tem sido um porta-voz dos estudantes. Não foi acusado de qualquer crime, mas Leavitt disse que o governo queria deportá-lo.

A cobertura legal invocada é uma disposição da Lei da Imigração e Nacionalidade que dá ao secretário de Estado o poder de deportar um não-cidadão, se o governo "tiver fortes razões para a acreditar" que a presença da pessoa pode ter "sérias consequências negativas de política externa para os EUA".

Até esta terça-feira, Khalil tem estado detido em um centro de detenção de imigrantes no Estado do Luisiana.

Grupos de direitos cívicos e os advogados de Khalil apontam que o governo está a usar os seus poderes de forma inconstitucional para o impedir de falar.

Um juiz federal marcou uma audiência para quarta-feira e ordenou ao governo que o não deportasse no entretanto.