Rúben Oliveira, conhecido pela alcunha de “Xuxas”, foi esta sexta-feira condenado a 20 anos de prisão pelos crimes de tráfico de droga, associação criminosa e branqueamento de capitais.

"Era o arguido Rúben Oliveira quem coordenava de forma diretas as operações", destacou o coletivo de juízes no acórdão, no qual não foi dado como provado que “Xuxas” tivesse fundado a organização criminosa.

No entanto, assumiu o papel de cabecilha: "Não temos dúvidas de que chefiava, era ele (Rúben Oliveira) que falava com importadores, que estabelecia as regras", sublinhou a juíza Filipa Araújo, que presidiu ao coletivo.

O Tribunal de Lisboa condenou Rúben Oliveira a 12 anos de prisão pelo crime de tráfico de droga, 15 anos por associação criminosa e quatro anos e meio por branqueamento de capitais, o que se traduziu num cúmulo jurídico de 20 anos de cadeia. O coletivo de juízes teve em consideração que 'Xuxas" não tinha antecedentes criminais.

Dércio Oliveira, irmão de 'Xuxas", foi condenado a 13 anos de cadeia. Ricardo Macedo, considerado "o homem de confiança do dinheiro" na organização criminosa, recebeu a mesma pena. Outros quatro arguidos foram punidos com penas de prisão entre os 10 e os 12 anos.

José Afonso, que tinha "um papel elevado no seio da organização" e que "fazia contactos diretos" para a alimentar, foi punido com 15 anos de prisão por tráfico de droga e associação criminosa.

O tribunal condenou ainda a mulher de Rúben Oliveira, Carla Paradela, a dois anos de prisão, com pena suspensa, pelo crime de branqueamento de capitais.

Dos 19 arguidos, quatro pessoas e uma empresa foram absolvidas. Estavam acusados pelo Ministério Público de terem posto em marcha uma rede de tráfico de cocaína, importada da América do Sul para Portugal, com "ligações estreitas" a organizações de narcotráfico do Brasil e da Colômbia.