O grupo parlamentar do CHEGA questionou o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, exigindo esclarecimentos sobre o ponto de situação da prometida mobilização do património público do Estado para fins habitacionais acessíveis. A iniciativa, conforme explica o partido em comunicado, "visa confrontar o governo com o que o CHEGA diz ser a lentidão das medidas anunciadas e a ausência de resultados concretos num tema que, segundo o partido, continua a ser um dos maiores dramas sociais da atualidade".

Conforme explica, "na base da pergunta do CHEGA está a preocupação com o facto de o governo ter assumido, já no mandato anterior, o compromisso de realizar um levantamento dos edifícios públicos com potencial habitacional". Prossegue dizendo que "a intenção, anunciada em várias ocasiões, é reconverter imóveis devolutos ou subutilizados para arrendamento acessível, sobretudo para jovens, estudantes deslocados e famílias em situação de carência habitacional".

“O país continua mergulhado numa crise de habitação e as promessas do governo esgotam-se em anúncios de conferência de imprensa. Os portugueses não vivem de intenções, vivem de respostas reais. É isso que exigimos", disse Francisco Gomes, deputado do CHEGA na Assembleia da República.

O CHEGA quer saber "quantos imóveis foram efectivamente identificados com viabilidade técnica, onde se localizam e que acções concretas foram realizadas no terreno". Também quer saber "quais as autarquias que já receberam competências de gestão sobre esses edifícios, qual a base legal da transferência e quando é que os primeiros imóveis reconvertidos estarão realmente disponíveis para habitação".

A falta de habitação acessível é um dos maiores fatores de empobrecimento, deslocação forçada e quebra da coesão social. O governo está a falhar às famílias". Francisco Gomes, deputado do CHEGA na Assembleia da República

O grupo parlamentar alerta que "a habitação não pode ser gerida como uma promessa eterna, e que é preciso agir com seriedade e urgência. Segundo Francisco Gomes, milhares de portugueses esperam por soluções concretas e não por relatórios vazios e de gabinete”.

O partido diz ainda que "a pergunta foi formalmente entregue e aguarda resposta por parte do Ministro da Habitação, nos termos regimentais aplicáveis". O CHEGA, conforme conclui, "reforça que continuará a fiscalizar com firmeza e a colocar os problemas das famílias no centro do debate".