Os Estados Unidos da América e a China anunciaram esta segunda-feira que chegaram a acordo para a redução em 115% das tarifas recíprocas sobre os seus produtos, numa suspensão que vai durar pelo menos 90 dias.

De acordo com o acordo, feito através de um comunicado conjunto entre os dois países, a suspensão entra em vigor a partir de 14 de maio, quarta-feira.

O anúncio surge após as negociações que decorrem em Genebra, na Suíça, numa altura em que Washington e Pequim procuram pôr fim à guerra comercial que tem perturbado a economia global e colocado os mercados financeiros em alerta.

De acordo com o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, os EUA e a China chegaram a um acordo para uma pausa de 90 dias nas medidas e para uma redução de 115% nas tarifas recíprocas.

Também o Ministério do Comércio chinês confirmou a suspensão de "todas as tarifas recíprocas" impostas contra os EUA, desde 2 de abril, segundo a agência Reuters.

Atualmente, as tarifas norte-americanas sobre as importações chinesas são de 145% e, no inverso, a China aplica taxas aduaneiras de 125% sobre produtos dos EUA. Com a notícia desta segunda-feira, as tarifas deverão baixar para 30% e 10%, respetivamente.

Trump já tinha celebrado os "grandes progressos" das negociações

No sábado, o Presidente norte-americano, Donald Trump, tinha celebrado os "grandes progressos" das negociações com a China sobre as tarifas, que estão a decorrer em Genebra.

"Muito boa reunião hoje [sábado] com a China na Suíça. Muitas coisas foram discutidas, muitas coisas foram aprovadas. Foi negociado um 'reset' total, de uma forma amigável mas construtiva. Para o bem da China e dos Estados Unidos, queremos que a China se abra às empresas norte-americanas. Foram feitos grandes progressos."

Os dois países enviaram para Genebra, no fim de semana, uma equipa de representantes para as negociações.