No Dia Mundial do Refugiado, o HuBB fez um memorial junto ao Marquês de Pombal, em Lisboa, onde foram lidos os nomes das mais de 66.000 pessoas que morreram entre o ano de 1993 até os dias de hoje, sob o mote "We won't forget you" ("Não nos esqueceremos de vós").

Com a Feira do Livro de Lisboa a decorrer no Parque Eduardo XVII em plano de fundo e com hora marcada para as 19:30, os oito membros do HuBB colaram no chão dezenas de folhas com os nomes de todas as vítimas e encheram de ar um bote rodeado com cartazes onde se lia "No human is illegal" ("Nenhum humano é ilegal") e "Protect people not borders" ("Protejam as pessoas, não fronteiras").

Com uma coluna e um microfone, os membros do HuBB procederam à leitura, à vez, os mais de 66.000 nomes das vítimas, as razões das suas mortes e os locais onde morreram.

Já os transeuntes, curiosos, passavam por cima das folhas com os nomes, alguns pisavam-nas e muitos outros paravam para escutar e fotografar com os seus telemóveis as folhas, e acediam através de um QR-code à página da UNITED, uma rede contra o nacionalismo, o racismo e o fascismo que apoia migrantes e refugiados, onde podiam ler todos os nomes de quem morreu entre 1993 e 17 de junho de 2025, na travessia para a Europa.

Aos membros do coletivo juntavam-se várias pessoas que, de forma deliberada ou de passagem, reuniram-se para prestar a sua homenagem e protestar contra as políticas dos países europeus e da União Europeia em relação ao tratamento para com migrantes e refugiados.

O HuBB, com sedes no Porto e em Lisboa, tem como objetivo lutar contra o tratamento desumano e ilegal de migrantes e refugiados e lutar pelos direitos humanos.

 

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