Num comunicado divulgado no domingo, as SDF disseram que as detenções aconteceram durante uma operação antiterrorismo, realizada no sábado, na cidade de Raqqa, em conjunto com a coligação liderada pelos Estados Unidos.

A operação foi lançada "em resposta às tentativas do Estado Islâmico de estabelecer instabilidade e perturbar a segurança das regiões norte e leste da Síria", disseram as SDF.

O grupo lamentou que a queda do regime de Bashar al--Assad, que fugiu do país a 08 de dezembro, tenha dado ao EI "a oportunidade de tirar partido do caos, apreendendo numerosos depósitos de armas pertencentes ao exército sírio em diversas regiões".

O EI "utilizou estes recursos para melhorar a sua capacidade operacional, realizar atos de terrorismo e expandir a sua influência no território sírio", alertaram as SDF.

O grupo defendeu que, "para alcançar a derrota duradoura do Estado Islâmico, é necessária uma cooperação internacional sustentada, uma vez que qualquer ressurgimento" do grupo fundamentalista "representa uma ameaça global".

Também no domingo, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos informou que o EI atacou pelo menos dois postos de controlo das forças de segurança que operam nas zonas norte e nordeste da Síria sob administração curda.

A organização não governamental, com sede no Reino Unido e uma vasta rede de contactos na Síria, detalhou que homens armados que estavam num automóvel abriram fogo contra um posto no campo de deslocados de Al Arisha, em Hasaka.

O tiroteio causou a morte de dois agentes e um atacante.

Por outro lado, alegados fundamentalistas que estavam numa motorizada abriram fogo com metralhadoras na localidade de Al Sabha, na zona rural de Deir al-Zur, no leste da Síria, sem que tenham sido registadas vítimas.

Na sexta-feira, o Comando do Médio Oriente das Forças Armadas dos Estados Unidos (Centcom) reivindicou ter abatido na quinta-feira um alto quadro do EI num ataque realizado em Deir al-Zur.

Segundo o Centcom, cerca de 8.000 membros do EI estão detidos em várias prisões na Síria e um dos objetivos do grupo fundamentalista é precisamente forçar a sua libertação.

Na quinta-feira, o porta-voz do Pentágono, o brigadeiro-general Patrick S. Ryder, afirmou que as tropas norte-americanas na Síria duplicaram pouco antes da queda de Bashar al-Assad e que atualmente são duas mil.

A presença e a atividade do grupo EI na Síria neste momento de transição é um dos fatores que mais preocupa a comunidade internacional, e mesmo as Nações Unidas.

Também na quinta-feira, o secretário-geral da ONU, António Guterres, elogiou o papel da Turquia em impedir que o EI reforce a presença no país árabe.

 

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