
A Dançando com a Diferença informou esta terça-feira que tem vindo a complementar o seu trabalho tradicional de estúdio com uma série de actividades exteriores, numa aposta clara no enriquecimento artístico através da diversidade de experiências. Nos últimos dois meses, os intérpretes da companhia participaram em iniciativas que os levaram desde museus a piscinas, passando por espaços naturais da Madeira.
Entre as actividades realizadas, destacou-se a visita ao Museu de Fotografia da Madeira - Atelier Vicente's, onde os dançarinos puderam explorar a fotografia como forma de expressão artística e aprofundar conhecimentos sobre o património regional. A experiência estendeu-se à Quinta Magnólia - Centro Cultural, onde o grupo visitou a exposição 'Rejeição Renovada', de Martim Velosa.
Esta mostra, que propõe uma reflexão sobre a rejeição no meio artístico e a importância de novos olhares, encontra eco particularmente com a missão da Dançando com a Diferença, uma companhia que desde sempre se dedica a promover perspectivas inclusivas na dança contemporânea.
A abordagem holística da companhia manifestou-se também na realização de uma aula de natação no Clube Naval do Funchal. Esta actividade, aparentemente distante do mundo da dança, revelou-se fundamental, segundo a companhia, para o desenvolvimento de competências físicas essenciais, como o fortalecimento muscular, a resistência e a capacidade cardiorrespiratória. Além disso, proporcionou aos intérpretes novas possibilidades de interação social num ambiente inédito.
As caminhadas exploratórias no Parque de Santa Catarina completaram este leque de experiências, oferecendo momentos de contemplação e consciência corporal em contacto directo com a natureza.
Através de comunicado, Henrique Amoedo, director artístico da Companhia Dançando com a Diferença, explica que existe um trabalho quotidiano orientado pela visão do corpo como um instrumento sensível e expressivo, capaz de dialogar com diferentes espaços, linguagens e estímulos.
“Valorizamos as capacidades de cada indivíduo. Quando há a oportunidade de interação dos corpos dos nossos intérpretes com os diferentes estímulos recebidos em ambientes externos, incluindo a interação com as pessoas que habitam o nosso território, ou que estão de visita, geramos novas sensações e, consequentemente, a possibilidade de crescimento individual e artístico”, realçou ainda.