O líder em exercício da Coreia do Sul demitiu o chefe dos serviços de segurança presidencial acusado de bloquear a detenção do Presidente destituído Yoon Suk Yeol.

O líder em exercício, o vice-primeiro-ministro, Choi Sang-mok, também lamentou os confrontos entre os agentes da polícia sul coreana e os membros do serviço de segurança presidencial chefiados por Park Jong-joon.

Sobre as tentativas de detenção de Yoon Suk Yeol apelou ainda aos legisladores para que chegassem a um acordo político capaz de promover uma investigação independente.

O Departamento de Investigação da Corrupção de Altos Funcionários e a polícia estão a coordenar uma segunda tentativa de detenção de Yoon, numa altura em que investigam conjuntamente se a breve declaração de lei marcial, decretada a 3 de dezembro do ano passado, constituiu tentativa de rebelião.

O serviço de segurança presidencial bloqueou a detenção de Yoon na residência oficial onde se encontra desde o mês passado.

Park ignorou duas convocatórias antes de se apresentar esta sexta-feira para o interrogatório sob a obstrução à justiça.

Os membros do corpo de segurança presidencial impediram dezenas de agentes do departamento anticorrupção e da polícia que tentaram entrar na residência oficial de Yoon.

Park Jong-joon afirmou que tem o dever de proteger o Presidente e advertiu para a possibilidade de "derramamento de sangue".

As autoridades afirmam que o corpo de segurança presidencial está a transformar-se num exército privado de Yoon.

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Operação "mais enérgica"

Entretanto, o Departamento de Combate à Corrupção e as forças policiais anunciaram uma nova operação, "mais enérgica", para deter Yoon, avisando que os membros da equipa de segurança presidencial podem vir a ser detidos.

O Presidente mantém-se no complexo onde está situada a residência oficial em Seul, tendo o serviço de segurança presidencial fortificado a zona com arame farpado e veículos que bloqueiam os acessos.

Lei marcial

Yoon declarou a lei marcial e enviou tropas para cercar a Assembleia Nacional no dia 3 de dezembro de 2024 mas, poucas horas depois, os deputados votarem o levantamento da medida.

Os poderes presidenciais foram suspensos quando a Assembleia Nacional, dominada pela oposição, votou a destituição do chefe de Estado no dia 14 de dezembro.

Os deputados acusaram o Presidente de rebelião.

O destino do chefe de Estado depende do Tribunal Constitucional, que começou a deliberar sobre a destituição formal de Yoon, a anulação das acusações ou a eventual reintegração no cargo.