O Bloco de Esquerda (BE) acaba de anunciar a candidata Dina Letra à Câmara Municipal do Funchal e Higino Vasconcelos à Assembleia Municipal do Funchal. A actual coordenadora regional já foi vereadora com pelouro na Câmara Municipal do Funchal, pela Coligação Confiança, indicada na altura pelo Bloco de Esquerda e, também, autarca no executivo da freguesia de Santa Maria Maior.

"Uma pessoa que conhece a Câmara do Funchal por dentro e os problemas que os funchalenses enfrentam todos os dias", garante uma nota divulgada há pouco. Quanto a Higino Vasconcelos, "tem sido, ao longo dos últimos anos, autarca do BE em São Martinho, experiência que dá garantias de fazer um excelente trabalho na Assembleia Municipal do Funchal", assegura.

"Esta candidatura é um compromisso leal com os funchalenses: um compromisso de falar verdade, pois os cidadãos estão cansados de promessas nunca cumpridas e de soluções fáceis que não resolvem coisa nenhuma; um compromisso de fazer diferente porque precisamos de soluções diferentes para problemas que se arrastam à demasiado tempo e se agravam todos os dias", refere o BE-Madeira, reforçando que é "um compromisso de estar ao serviço de todas e todos os funchalenses independentemente do seu local de residência na cidade, e o compromisso de uma nova confiança no futuro da cidade do Funchal, que esteve ao abandono nestes últimos quatro anos, liderado por uma coligação PSD-CDS que deixou os funchalenses sempre para trás".

Acreditando que conhecem a cidade, conhecem a gestão da cidade, sabem das dificuldades do povo, porque "nós somos do povo e temos a ambição de fazer diferente", identificam e apresentam "5 eixos prioritários para a cidade, e que serão a base desta candidatura":

  • 1. "Habitação: é sem dúvida a maior emergência dos nossos dias e que precisa de soluções distintas e já. Elas existem e temos a coragem política para as pôr em prática, porque os funchalenses precisam de uma casa para viver, de uma casa que possam pagar com o seu salário, merecem respeito e quem defenda o seu direito à habitação contra a ganância de senhorios e da especulação imobiliária."
  • 2. "Mobilidade, acessibilidades e ordenamento do território: são o grande desafio de uma cidade com a nossa orografia e em crescimento, mas limitada pelas suas barreiras naturais e territoriais. Por isso é tão importante definir prioridades e fazer escolhas políticas que defendam a qualidade de vida e a segurança de quem vive no Funchal, de quem cá trabalha e de quem nos visita. Sempre sem colocar em causa a nossa identidade e autonomia. Neste momento, o Funchal está a tornar-se uma cidade descaracterizada, temos betão da serra até ao mar, temos milhares de carros todos os dias e a todas as horas na cidade, assiste-se à privatização do litoral com os funchalenses a terem cada vez menos acesso ao mar e estamos a expulsar os cidadãos da cidade. Urge reverter esta tendência."
  • 3. "Mais justiça fiscal e social: é o imperativo de uma cidade que se quer inclusiva e que não deixa ninguém para trás. Temos um aumento enorme das desigualdades e das assimetrias dentro do concelho e estamos a criar uma cidade para ricos e turistas e uma cidade para os trabalhadores funchalenses, que estão a ser privados do seu acesso à vida na cidade também devido ao constante aumento de bens e serviços e do custo de vida. Não precisamos de guetos, precisamos sim de criar condições para retirar da pobreza milhares de funchalenses, combater a violência doméstica e dar ferramentas para que o elevador social, através da educação, funcione."
  • 4. "Sustentabilidade ambiental, causa animal e alterações climáticas: sabemos da exposição e da vulnerabilidade da cidade a eventos climatéricos extremos e ao risco de incêndio, por isso a aposta deve ser sobretudo na prevenção. Precisamos de dar formação e ferramentas à população para que se possa defender; precisamos de apostar na reflorestação da cidade, desde a serra até ao mar pois enfrentamos a subida constante das temperaturas na cidade; precisamos de combater a pobreza energética das casas, de criar mais espaços verdes e de lazer para as famílias e de proteger a orla costeira e o acesso ao mar."
  • 5. "Cultura e cidadania: preservar as nossas tradições, democratizar o acesso à cultura, envolvendo a comunidade, e promover uma cidadania mais activa, participativa e crítica são elementos fundamentais para o desenvolvimento da cidade e das pessoas e para o respeito pela diversidade."

E conclui frisando: "Queremos uma cidade para todas e todos os funchalenses, com todas e todos os funchalenses e onde é possível construir um futuro com qualidade de vida."